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04/08/2011 - Banco Mundial recebe proposta da Prefeitura para transformação de resíduos sólidos urbanos em energia

Prefeito Anderson Adauto entregou à equipe do Banco Mundial a proposta da Prefeitura Municipal de Uberaba para a área de resíduos sólidos urbanos. “Nossa intenção é que o Banco repita o mesmo que foi feito em relação às drenagens”, explica. O objetivo maior do projeto, que tem custo aproximado de 3 milhões 150 mil dólares, é a transformação do lixo em energia. Também participaram da apresentação o secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Assis, e o presidente da Aciu e também secretário de Planejamento, Karim Abud Mauad. No Banco Mundial, em Washington, eles foram recebidos por Lizmara Kirchner, Ellen Hamilton, John Morton e Jose Andreu na quarta-feira (03).

De acordo com o prefeito, do ponto de visto econômico o projeto é viável à médio prazo. “Por isso viemos pedir este recurso a fundo perdido no Banco Mundial para desenvolver o projeto, e também buscar informações permanentes sobre o que há de melhor em tecnologia no mundo”, explica. A reunião contou com a participação de Juliana Garrido, da equipe do Banco Mundial no Brasil, que através de teleconferência explicou aos presentes como está o desenvolvimento das obras de drenagem no município.

Para o presidente da Aciu, Karim Abud Mauad, Uberaba já tem o aterro e agora a ideia é a geração de energia a partir do lixo, fator que garante a atração de outros investimentos para a cidade. “Nós apresentamos a cidade, nosso potencial, nossa boa condição de cumprir os compromissos, e agora que estamos tratando a água, temos tratamento de esgoto, o próximo passo é o cuidado com o lixo”, enfatiza. Segundo Karim, este pode ser um projeto piloto junto ao Ministério das Cidades. Na oportunidade, os integrantes da missão de Uberaba acompanharam uma apresentação da experiência realizada em Cusco, no Peru, na área de resíduos sólidos urbanos.
Na opinião do prefeito, a equipe do Banco Mundial mostrou grande interesse no projeto. Uberaba hoje produz 280 toneladas de lixo por dia e o projeto atenderia também a região.

Crédito de carbono – Ainda na reunião no Banco Mundial, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Assis, conversou sobre o crédito de carbono, um incentivo oferecido por organizações às empresas e atividades produtivas com o objetivo de reduzir a emissão de gás carbônico. Segundo Assis, atualmente uma tonelada de gás carbônico vale R$ 20,00.

Ele aproveitou para explicar que no caso de Uberaba receber uma fábrica de cimento não haverá produção de gás carbônico em função da utilização do fosfogesso. “Nos processos convencionais de uma fábrica, a cada tonelada de cimento é produzida uma tonelada de gás carbônico, no entanto com a utilização do fosfogesso isso não ocorre”, esclarece. De acordo com Assis, este é um aspecto positivo do investimento de uma fábrica de cimento com esta tecnologia patenteada na China, que além de todas as vantagens, é reconhecida pela sustentabilidade ambiental.

O secretário explica que um módulo de mil toneladas/dia de cimento gera recursos de R$ 6 milhões 600 mil por ano, sendo que os empresários que forem investir nesta fábrica poderão pleitear este crédito internacional.

 

 
 
 

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