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Presentes a reunião da Câmara pelo fim da limitação do plantio de 10% na área do municípios, os empresários Robert Lita (Usina Caeté), Marco Antônio Balbo (Usina Uberaba) e Carlos Eduardo dos Santos (Usina Vale do Tejuco) anunciaram que suas empresas estão fazendo investimentos ou farão novos, para a expansão da produção.
Robert Lira anunciou que a Usina Caeté vai construir uma nova unidade sulcroalcooleira no Triângulo Mineiro e Uberaba foi a cidade escolhida para ser a sede industrial do empreendimento.Segundo ele, o fim da delimitação da área de plantio é necessário e fundamental para a atender o novo complexo industrial.
O executivo Marco Antônio Balbo destacou que todas as unidades industriais de Uberaba e região adotaram boas práticas, como plantio direto, corte mecanizado, tecnologias para a proteção ambiental, gerando empregos e renda entre os produtores, para a maioria dos funcionários que são de Uberaba e com os fornecedores de produtos e serviços nas áreas de transporte, saúde, equipamentos e outros.
Segundo Marco Antônio, enquanto o milho e soja que são produzidos em Uberaba acabam sendo beneficiados em Uberlândia, as usinas cultivam cana no município e aqui mesmo produzem açúcar, etanol e bioeletricidade, com a palha e o bagaço da cana. “Todas os nossos parceiros estão em Uberaba. Nossa prioridade é continuar investindo aqui”, acrescentou.
O empresário Carlos Eduardo dos Santos lembrou do apoio incondicional do prefeito AA na instalação da Usina Vale do Tejuco e que ele foi fundamental para esse definição. Lembrou que uma empresa da cidade é que construiu a indústria e até hoje permanece no local, agora na área para a produção de açúcar. Revelou ainda que a unidade produz energia suficiente para abastecer toda a população de Uberaba.
Em seguida as falas dos empresários, o prefeito Anderson Adauto declarou que lançou o Distrito Industrial 4 para atender o crescimento das usinas sulcroalcooleiras e o complexo da planta de amônia e uréia da Petrobras. Ele vai abrigar empresas que dão suporte e atendimento a esse segmento.
Na oportunidade, ele pediu o apoio dos empresários para participar do projeto de mobilidade urbana, ajudando financeiramente na implantação dos terminais de ônibus que serão construídos próximo ao estádio Uberabão e do bairro Manoel Mendes. “Queromos a participação de vocês na solução do problema do trânsito.
O secretário de Agricultura, José Humberto Guimarães lembrou que a predominância na década de 80 era a pecuária na área rural de Uberaba. Com a entrada dos arrendatários de terra para plantio de soja e milho, o perfil do setor produtivo de Uberaba foi sendo alterado e hoje a cana integra o contexto de forma extraordinária. Ele mostrou aos participantes que num hectare a criação de bovinos rende R$ 200 ao ano, enquanto que a soja até R$ 420 e a cana até R$ 850.
De acordo com José Humberto, por isso o interesse dos produtores em diversificar a produção ou o arrendamento de suas terras. “Viemos tarzer o nosso aval. Não é preciso temer a cana. Hoje são adotadas as mais modernas técnicas de plantio, colheita e processamento”, destacou.
O gerente executivo da Associação das Indústrias Sulcroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, mostrou em sua palestra a importância do segmento para a produção de energia limpa e produção de açucar. Observou que da cana são produzidos ainda etanol, melaço, boplástico e bioeletricidade. Ressaltou que o etanol já é utilizado na frota de ônibus, aviões, motos, industrias alcoolquímica e bio-hidrocarbonetos.
Mário Campos declarou que a produção é feita com sustentabilidade, obedecendo o zoneamento agroecológico do Governo Federal, as leis trabalhistas, o protocolo ambiental para a eliminação da queima em 2014 e treinando e qualificando a mão-de-obra de forma permanente. Segundo ele, a área de cana cultivada no município de Uberaba é de 69.854 hectares, na safra 2011/2012. Foram produzidos 175 milhões de litros de etanol, 420 mil toneladas de açúcar e 1.051GWh de bioeletricidade no município até novembro. São 131 fornecedores de cana, envolvendo recursos da ordem de R$ 163,9 milhões, 328 parceiros com renda de R$ 27,4 milhões (média de R$ 83,5 mil ao ano cada), investimentos em plantio de R$ 314 milhões, gastos anuais com tratos culturais de R$ 83,8 milhões e aquisição de bens e serviços de R$ 181,6 milhões, em Uberaba, incluindo o diesel.
Também destacou que para cada litro de etanol consumido, em média 1,7kg de CO2 deixam de ser lançados na atmosfera, numero que aumenta a cada ano até o fim da queima da palha da cana em 2014. Mário Campos lembrou que em Uberaba existe lei municipal que proíbe a queima da palha num raio de 3km do perímetro urbano.
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