22/12/2011 - Comseg mobiliza uberabenses que se envolvam nas questões de segurança pública

Mais de 50 representantes de associações de bairros e entidades como clubes rotarianos e Lions  lojas maçônicas decidiram, na noite desta quarta-feira (dia 21), mobilizar suas comunidades e integrantes para que se envolvam nas questões de segurança pública da cidade. O prefeito Anderson Adauto participou da reunião do Conselho Municipal de Segurança (Comseg) e ouvir as queixas da população sobre a insegurança.

No encontro ficou decidido que uma série de reuniões de mobilização será realizada com esse objetivo, em 2012. Anderson vai estar em encontros distintos com os comandantes das policias, com os deputados federais, com o Judiciário e Ministério Público na busca de ações efetivas. “Entendo ser desanimador para um policial prender uma pessoa duas, três, quarenta vezes. É como enxugar gelo”, observou o chefe do Executivo.

O secretário-executivo do Comseg, Wellington Cardoso Ramos, informou que o objetivo é dar mais apoio às ações das policiais. A mobilização junto ao Estado será para suprir as carências de efetivo, a construção do Posto de Perícia Integrada (PPI), que funcionará como um laboratório de analises para agilização de inquéritos, e a implantação do projeto de monitoramento de vídeo Olho Vivo. No próximo ano, a PM não está prevista a formação de soldados em Uberaba.

Junto aos deputados, a ação buscará sensibiliza-los para a necessidade de mudanças na legislação penal. Wellington explicou que o Comseg vai coordenar um abaixo assinado para ser levado à Câmara dos Deputados e Senado Federal, com proposições de mudança na lei. “Hoje, as pessoas condenadas até 4 anos não vão presas. A progressão penal é outro problema”, exemplificou.

Já a reunião com os integrantes do Poder Judiciário e Ministério Público será para dar mais apoio às ações das policias.

O dirigente do Comseg ressaltou que a Prefeitura de Uberaba investiu R$ 6 milhões nos últimos anos na área de segurança, em parcerias com as policias, apesar da área não ser de responsabilidade do município. Segundo ele, a descentralização das policiais para os bairros só foi possível com a construção das Áreas Integradas de Segurança Públicas (Aisp’s). A PMU doou computadores netbooks para uso na viaturas policiais, também”, descreveu Wellington.
As chamadas “bocas-de-fumo” foram queixa generalizada dos representantes de associações de bairros na reunião, além da falta de punição para os menores infratores.