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Prefeito Paulo Piau participou de reunião na Petrobras e foi informado que o projeto voltou para a prancheta. Possíveis mudanças são para tornar o projeto mais atrativo para investidores. Questões fiscais e preço do gás também foram alvo da discussão.
O prefeito Paulo Piau participou nesta segunda-feira (29) de reunião na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. Ele e uma comitiva foram recebidos pelo Diretor de Gás e Energia, Hugo Repsold e pelo Gerente Executivo de Gás-Química, Marcelo Murta, que revelaram que o projeto da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-V), que é a Planta de Amônia de Uberaba, voltou para a prancheta. Segundo as informações, a Petrobras está revendo o projeto, com o intuído de modificá-lo, podendo incluir a produção de ureia. A medida torna o projeto mais atrativo para possíveis investidores, interessados em adquirir a planta e outros ativos do segmento de fertilizantes da Petrobras.
Na comitiva estavam o Deputado Estadual Tony Carlos, o Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, o Diretor da Cemig/Gasmig, Sérgio da Luz Moreira, Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, José Renato Gomes, o presidente do Legislativo uberabense, Luiz Dutra, do vereador Samuel Pereira e representantes do G9, Nagib Facury (Fiemg/Uberaba), Roberto Veludo (Sinduscon) e Fúlvio Ferreira (CDL).
“Foi uma reunião informativa e nos remete a muita responsabilidade na busca de solução, não só da planta de amônia de Uberaba, mas também da de Laranjeiras, Três Lagoas, de Camaçari, de Araucária, enfim, da produção de fertilizantes do Brasil, já que importamos ¾ do fertilizante que consumimos. E isto demonstra que o Brasil não tem soberania no maior negócio do país, que é o agronegócio. A Planta de Amônia da Petrobras está sendo reprojetada, e conforme o diretor da Petrobras, quem sabe anexar a ela a produção de ureia neste novo contexto, o que poderia viabilizar o projeto”, destacou o prefeito Paulo Piau.
No entanto, como ainda lembra o prefeito, para viabilizar é preciso também discutir a questão fiscal e o preço do gás. Piau avalia que estas duas questões, não repercutem apenas na Planta de Amônia, mas também na própria produção de fertilizantes do País. Ele afirma ainda que esta discussão é fundamental, pois há investidores interessados, sobretudo estrangeiros, e o projeto não se viabilizará sem a questão do ICMS, por exemplo, que no importado não incide imposto, mas no produzido no país tem. “Isto tem ser resolvido. O governo tem que dar condições, pois também há o problema no preço do gás, porque senão é mais fácil importar amônia e ureia, e isto acaba com a produção nacional. Temos que tratar isso em uma política maior em nível de Brasil para viabilizar nossa planta de amônia de Uberaba. Então saímos daqui com esta missão, juntamente com a Petrobras, junto aos Ministérios de Minas e Energia, da Agricultura, enfim, junto ao Governo Federal, para que a iniciativa privada tenha condições de adquirir os ativos da Petrobras, que já colocou a disposição para serem adquiridos”, afirmou.
Falando em nome do Governo do Estado, o secretário Altamir Rôso, avalia que a modificação no projeto tornará a Planta de Amônia de Uberaba mais competitiva. Ele também revelou que há hoje, na esfera federal, alguns estudos analisando a carga tributária de ICMS que incide sobre o preço do gás. “Temos acompanhado isso. Também temos um processo que chama Suape do Gás, que é o gás ser importado em algumas condições, podendo chegar em qualquer estado brasileiro e depois dirigido ao estado onde será consumido, sem que haja essa carga tributária de um estado para outro. Isto está sendo estudado e viabiliza também a nossa unidade aqui. E em relação ao preço do gás é um processo que vamos tratar na esfera federal tecnicamente e politicamente, pois como Paulo Piau falou, isso é estratégico para o Brasil, pois não podemos ser dependentes de importação de fertilizantes”, afirmou Roso.
O Deputado Tony Carlos, destaca a necessidade de urgência em uma solução para a situação. “Saímos otimistas do encontro, ainda com a perspectiva da produção de ureia na Planta. Existe a necessidade de que a negociação seja feita o mais rápido possível, uma vez que a construção está paralisada desde o ano passado. Há o risco da depreciação do que foi feito até agora. Já foram gastos mais de R$ 1 bilhão. São equipamentos de alto valor que podem estragar. É dinheiro nosso que vai para o ralo. Município, Estado e Governo Federal estão unidos para a realização desse projeto”, finalizou.
Jorn. Keila Riceto
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