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A Secretaria de Defesa Social, Trânsito e Transportes recebeu um abaixo assinado de 29 moradores, do entorno da Igreja Santa Luzia, que se opõem a realização da cavalgada que acontece anualmente com intuito de arrecadar dinheiro para a Igreja. Para tentar entrar em acordo entre todos os envolvidos, foi promovida nesta quinta-feira (27) uma reunião entre o padre da Igreja Santa Luzia, os organizadores da Cavalgada e representantes dos moradores que assinaram a petição.
O morador Emanuel Wehbe apresentou inúmeras queixas contra a cavalgada, alegando que são muitos cavalos e que eles ficam amarrados e espalhados nas portas das casas durante todo o dia, trazendo muitos transtornos para a região, principalmente porque a festa acaba atraindo muitas pessoas que não estão comprometidas com a festa, e que causam muitos estragos, confusão e barulho, inclusive no dia seguinte a comemoração. A moradora Vicentina Aparecida Oliveira Cruvinel solicitou que os cavalos não sejam deixados na praça, pois isso vem causando muita sujeira, estragos e destruição das plantas.
Um dos organizadores da cavalgada, Marcelo Costa, destacou a boa intenção e o empenho que todos os organizadores estão colocando para que a festa ocorra da melhor maneira possível. “É difícil fazer um evento dessa proporção sem causar algum tipo de transtorno a alguém. No ano passado conseguimos fechar uma parte da praça para concentrar as pessoas que efetivamente participam da cavalgada em um mesmo espaço. A ideia esse ano é fechar uma rua da lateral da praça para colocarmos os cavalos de forma que eles não entrem muito na praça”, explica Costa.
Marcelo enfatizou que as reclamações que ocorrem são por virtude das pessoas que não participam da cavalgada, não fizeram a inscrição, mas que vão para a praça que é um espaço público e acabam fazendo arruaça. “Estamos com boa vontade e saímos otimistas dessa reunião, uma vez que a festa vai acontecer e contará com o apoio da prefeitura por meio da Guarda Municipal que irá coibir as atitudes erradas que vierem a ocorrer no dia, de forma que as pessoas possam se concentrar na cavalgada que é uma bela festa”, justifica Marcelo.
Para o secretário de Defesa Social, Trânsito e Transportes, Wellington Cardoso, os que assinaram o abaixo assinado entenderam que a cavalgada é uma festa tradicional, que contribuirá nas arrecadações para obras na Igreja. “Apontamos aqui que, se as partes não cederem de alguma forma, não se chega a um denominador comum. Se cada um quiser fazer prevalecer a sua intenção ou o seu desejo é lógico que não haveria acordo. Assim foram decidas medidas que venham a atender da melhor maneira possível a todos os envolvidos”, pondera Cardoso.
A decisão final da reunião é de que a prefeitura terá a Guarda Municipal presente no dia da cavalgada, para coibir os excessos e exageros que foram mencionados pelos moradores e que são proibidos pela legislação. “É importante não generalizar, uma vez que esses excessos são cometidos por algumas pessoas, que abusam do uso de bebidas alcoólicas ou que fazem corrida de cavalo na praça, o que é inadmissível. Entendemos que a praça é uma área de convívio de crianças, idosos e toda a comunidade e não um local para se realizar badernas”, reforça o secretário.
A festa deste ano ocorrerá nestes termos, mas ficou acordado que assim que ela finalizar, a Igreja e os organizadores da cavalgada já vão começar os preparativos para a festa do próximo ano, de forma que sejam organizados arranjos para que não ocorra o mesmo imbróglio que vem sendo enfrentado.
“Ficamos acordados e contamos com a colaboração de todas as partes para que corra tudo bem, mas já alertamos para ambas as partes que faremos o policiamento para coibir os exageros e irregularidades que foram colocadas por moradores do bairro. A GM terá o papel de proteger o direito das pessoas”, finaliza Wellington.
O Padre Duarte reforçou que a cavalgada é organizada em benefício da Igreja Santa Luzia. “É um evento que tem um fim e um objetivo, que é o de arrecadar fundos para a reforma dos sinos que são um patrimônio da comunidade. Portanto, ficamos felizes ao chegarmos a um consenso para a realização do evento”, afirma.
Jorn. Natália Melo
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