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A Biblioteca Pública Municipal Bernardo Guimarães vai receber neste sábado (19), a partir das 17h, uma roda de conversa com o historiador Pablo Lima, escritor do livro Marcas de Fogo. O livro é fruto de uma pesquisa de doutorado em história dos quilombos em Minas Gerais no século XVIII. A entrada no evento é gratuita e a organização é do Sindicato de Professores de Minas Gerais (Sinpro Uberaba), com apoio da Fundação Cultural por meio da Superintendência de Bibliotecas Públicas Municipais.
Na obra, o autor analisa uma dimensão fundamental da sociabilidade mineira colonial: a política do medo social e em particular do medo alegado pelas autoridades em relação aos escravizados rebeldes que formavam quilombos e outras formas de resistência.
Os documentos históricos analisados foram produzidos pelo aparato burocrático-militar-colonial do Estado português e é composto por cerca de 180 cartas, ordens, regimentos, mapas e outras peças que evidenciam o caráter conflituoso das relações sociais durante o processo colonial. Essa documentação carrega evidências sobre a escravização sistemática de africanos e seus descendentes bem como suas diferentes práticas de resistência, desde a busca da alforria até a ação direta contra o sistema escravista por meio da rebelião, fuga e formação de quilombos.
Um dos problemas envolvendo o estudo da história mineira nesse período, segundo Pablo Lima, é que essas fontes já foram muito exploradas por historiadores desde o século XIX sem a devida crítica documental. O livro apresenta, assim, uma revisão crítica da historiografia sobre Minas Gerais no período inicial de sua formação histórica no que concerne a história quilombola e, mais especificamente, o tema do medo registrado por parte dos colonizadores em relação à resistência negra.
O autor, Pablo Luiz de Oliveira Lima, é de Campos Altos/MG e pesquisa história dos quilombos desde 2003. Em 2008 concluiu sua tese de Doutorado em História na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com estágio na Universidade de Columbia, EUA, trabalho que deu origem ao livro. Atualmente é professor adjunto da Faculdade de Educação (FAE/ UFMG), atuando nos cursos de História, pedagogia, Licenciatura e Educação do Campo (LeCampo), Formação intercultural de Educadores Indígenas (FIEI) e no Programa de Mestrado Profissional.
É coordenador do Núcleo de Estudos sobre Trabalho Educação (NETE), do Acervo Indígena da UFMG e da área de História do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) na mesma universidade onde, desde 2005, leciona a disciplina História dos Quilombos.
Vale lembrar que a Biblioteca Municipal fica na rua Alaor Prata, 317 – Centro.
Luiza Carvalho – Jornalista
Comunicação PMU/FCU
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