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Reunião alerta sobre preocupação do Município com o descarte de resíduos sólidos
Atento à gravidade do descarte irregular de resíduos sólidos em Uberaba, o prefeito Paulo Piau se reuniu nesta quinta-feira (21) com autoridades das Polícias Militar, Civil e de Meio Ambiente, do Ministério Público, representante da Soma Ambiental e empresas de caçambas instaladas na cidade para debater os desafios relativos ao descarte de resíduos urbanos e da Construção Civil. Também presentes integrantes das Secretarias de Serviços Urbanos e Obras, Defesa Social, Meio Ambiente, Planejamento e Procuradoria.
O objetivo da reunião foi a proposta de se iniciar análise e diagnóstico amplo sobre o problema de descarte irregular em Uberaba, panorama que tem gerado preocupação do prefeito no que tange a crimes contra o meio ambiente e impactos na saúde pública. A partir da formação do grupo de trabalho e a construção de diagnóstico preciso sobre a situação, deve-se traçar soluções a serem implementadas para mudar a realidade atual.
Dados. Paulo Piau demonstrou preocupação diante de dados da Soma Ambiental, que trabalha com aterros. A empresa aponta que houve queda no recebimento de resíduos. “Ou seja, este produto está sendo desovado nos cantos de Uberaba, nas entradas da cidade. Com a participação de todos vamos achar o melhor caminho, uma solução de acondicionar esse resíduo da melhor maneira possível. Uberaba é uma cidade que está avançada por ter um Plano de Saneamento Básico que envolve resíduos sólidos, mas o descarte irregular realmente é um desastre. As pessoas não estão colaborando, seja com relação à construção civil ou ao lixo doméstico, com a limpeza da nossa cidade”, avalia o prefeito.
Entre os objetivos do grupo de trabalho, Piau destaca estudo de ajustes na legislação para melhorar a política de resíduo sólido. “E claro, vamos endurecer a fiscalização, porque é uma questão de saúde pública, uma questão de meio ambiente. O descarte irregular é crime e não queremos que as pessoas brinquem com a Polícia Ambiental, com a Polícia Civil, com o Ministério Público e nem com o fiscal da Prefeitura. Queremos estimular que as pessoas identifiquem quem está fazendo esse descarte irregular e denunciem, nos ajudem a fiscalizar para o bem da cidade, do meio ambiente e da saúde pública. A situação é muito grave e daremos uma solução com a participação de todos”.
Tecnologia- Parabenizando a Prefeitura pela discussão, o coordenador regional das Promotorias de Meio Ambiente, Carlos Valera observou que os dados de quantidade de resíduos de construção civil produzido são vagos. “Nós só sabemos que esses resíduos estão atingindo nossas beiras de estradas e terrenos baldios. A criação de um grupo de trabalho obviamente deve se valer da expertise das nossas universidades públicas e privadas para fomentar os estudos. Paralelo a isso alinhamos com a Polícia Militar e de Meio Ambiente, e com o secretário Wellington Cardoso Ramos que tem a fiscalização da Posturas, para que possamos estudar um investimento em drones e outros equipamentos que possam auxiliar”, explica o promotor.
Segundo ele, o ponto nevrálgico que deve ser levado para a população é que quem joga esses resíduos e o lixo são os próprios cidadãos. “Temos que ter cidadania e educação das pessoas para que elas não descartem de forma irregular. Lembrando que há um sistema para isso. Se a pessoa descarta um volume pequeno ela pode levar a um ecoponto, se ela descarta um volume maior ela pode se valer do sistema de caçamba. Pela legislação, quem gera o resíduo tem responsabilidade em dar a destinação adequada. Então, se trabalharmos a questão educação ambiental e a logística, tudo isso sob a governança da Prefeitura Municipal, vamos conseguir melhorar sensivelmente esta questão no Município”.
O secretário da Sesurb, Antônio Sebastião de Oliveira (Toninho), ressaltou a importância de se fazer um diagnóstico, reavaliando os estudos que a Prefeitura já possui na linha de trabalho. “Diante do que a Lei Nacional de Resíduos Sólidos estabelece, o Município já faz sua parte e tem o diagnóstico municipal. Avançaremos as discussões com este grupo, faremos contato com as universidades para que possamos dar sequência neste trabalho e conhecer mais a fundo a realidade da questão dos resíduos sólidos em Uberaba. O descarte irregular realmente é um problema que se agrava a cada dia e temos que colocar um ponto final nessa triste história. É um problema de saúde pública, além de trazer prejuízos financeiros ao Município”.
Além de tratar da fiscalização e educação ambiental, as legislações referentes ao assunto também devem ser alvo de estudo aprofundado.
Jorn. Luiza Carvalho
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