23/07/2009 - Fundação Cultural retoma projeto de Museu Nacional da Música sertaneja

Fundação Cultural retoma projeto de Museu Nacional da Música sertaneja

Atendendo ao convite da Fundação Cultural de Uberaba e da Seppai, a museóloga Célia Corsino esteve na última segunda-feira (20) na cidade, a fim de conhecer a proposta de criação do Museu Nacional da Música Sertaneja. Célia Corsino é uma das mais respeitadas museólogas do País, com mais de vinte anos de experiência na área de implantação de museus.

A idéia do projeto nasceu em um encontro dos então ministros Anderson Adauto (Transportes) e Gilberto Gil (Cultura). Desde então, levantamentos foram feitos, uma lei municipal foi criada, um termo de compromisso entre o Ministério da Cultura e a Prefeitura Municipal foi assinado e o local – os antigos galpões da Estação Mogiana – foi sugerido para sediar o museu. O Prefeito Anderson Adauto pediu ao novo presidente da Fundação Cultural que o projeto fosse retomado e a primeira providência de Rodrigo Mateus foi realizar, no início do mês, uma reunião com o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), José Nascimento Júnior, para renovar o compromisso do Governo Federal com a implantação do projeto.

Um cronograma de ações foi definido pela FCU e o próximo passo é a contratação de um museólogo para a elaboração do Plano Museológico, que estabelece o conceito do futuro museu e lança as bases para a elaboração do projeto arquitetônico, que deverá ser feito pela equipe da Secretaria Municipal de Planejamento. A expectativa da FCU é de que os dois projetos estejam prontos em noventa dias. Os recursos para a implantação do Museu Nacional da Música serão buscados no Governo Federal e na iniciativa privada, por meio das leis federal e estadual de incentivo à cultura.

Durante todo o dia, uma equipe da FCU, incluindo o presidente, acompanhou a museóloga, que visitou, além do local do futuro museu, os museus municipais de Arte Decorativa (MADA) e de Arte Sacra (MAS), e o Museu do Zebu. A experiente profissional também foi informada da existência do Museu Paleontológico de Peirópolis e do futuro Memorial Chico Xavier. “Percebi que Uberaba dá valor às suas raízes e tem senso de preservação, isso conta muito para o sucesso do futuro museu”, avaliou.

Fundação Cultural pretende revitalizar e integrar museus

“Faremos de tudo para concretizar o projeto do Museu Nacional da Música Sertaneja, mas não vamos nos esquecer dos outros museus da cidade”. O presidente da Fundação Cultural de Uberaba, Rodrigo Mateus, fez essa afirmação durante a visita da museóloga Célia Corsino, que veio à cidade para conhecer a proposta de criação do futuro museu.

O presidente da FCU pretende revitalizar os dois museus municipais (MADA e MAS): “temos alguns problemas que não serão resolvidos de uma só vez, mas receberão atenção constante, até que tudo se normalize”. Mateus pretende tornar os museus mais conhecidos e atraentes por meio de eventos, exposições e outras ações que ressaltem o valor histórico e o potencial turístico desses locais.

A FCU proporá a criação de uma rede informal de museus, a ser formada por todos os museus e salas de memória da cidade, para que sejam discutidas ações conjuntas que valorizem a existência e o trabalho dos museus junto à comunidade e visitantes.

MAS

A Fundação Cultural retomará as atividades no Museu de Arte Sacra (MAS), na Igreja de Santa Rita, a partir de agosto. O acervo foi removido por causa da restauração da igreja, a primeira de Uberaba, único bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Uma reunião do presidente da Fundação Cultural, Rodrigo Mateus, com o padre (ver o nome), pároco da Igreja São Domingos, e representantes da Casa do Artesão, instituição responsável pela restauração da igrejinha, acertou alguns detalhes da volta do museu.

Num primeiro momento, não haverá visitação. O presidente da FCU, Rodrigo Mateus, disse que não quer remontar o museu com pressa. “Temos uma oportunidade única de reorganizar o museu, por isso, recomendei que, a partir de agosto, façam uma limpeza cuidadosa do local e de todas as peças do acervo, criem uma reserva técnica e estabeleçam uma programação interessante, só depois reabriremos ao público”.

O projeto de reforma e restauração prevê a instalação de uma cerca ao redor da Igreja de Santa Rita e foi realizado pela Casa do Artesão, com incentivos da Fosfértil, Valmont, Souza Cruz e Cemig, por meio da Lei Rouanet.