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Fundação Cultural

17/06/2013 - Grupo Galpão faz apresentação gratuita de “Os gigantes da montanha”

Com texto de Luigi Pirandello e direção de Gabriel Villela, a peça será apresentada na noite de terça-feira, na praça Pôr do Sol

O Grupo Galpão está em turnê pelas cidades mineiras com o espetáculo “Os gigantes da montanha” e Uberaba recebe a peça nesta terça-feira, 18, às 20h, na praça Pôr do Sol, com entrada gratuita. A peça celebra o retorno da parceria com Gabriel Villela, responsável pela direção de espetáculos marcantes do grupo, como “Romeu e Julieta” (1992) e “A rua da amargura” (1994).

Em dois atos e duração de 1h20, o espetáculo “Os Gigantes da Montanha” descreve a chegada de uma companhia teatral decadente, encabeçada por uma atriz e condessa, a uma vila mágica, povoada por fantasmas e governada pelo Mago Cotrone.

A trupe de mambembes resolve montar "A Fábula do filho trocado", escrita por um jovem poeta que se matou por amor não correspondido da condessa Ilse. O mago Cotrone, percebendo a movimentação, idealiza personagens para a peça e convida os atores a permanecerem para sempre na vila, representando apenas para si mesmos. No entanto, a condessa Ilse insiste que a obra seja encenada para outros públicos. A solução encontrada é apresentar a peça aos gigantes da montanha, que vivem próximo à vila, são musculosos, bestiais e não valorizam a poesia e a arte. Iniciam-se então embates responsáveis pelo trágico final, que questiona os valores do teatro para as pessoas.

O espetáculo é a 21ª montagem do Grupo Galpão e foi escrito pelo italiano Luigi Pirandello, sendo uma alegoria sobre o valor do teatro, e, por extensão, da poesia e da arte, e sua capacidade de comunicação com o mundo moderno, cada vez mais pragmático e empenhado nos afazeres materiais.

Quando morreu vítima de forte pneumonia, em 1936, Pirandello ainda não havia concluído “Os Gigantes da Montanha”, que possui apenas dois atos. Em leito de morte, o autor relatou ao filho Stefano um possível final, que aparece indicado como sugestão para o terceiro ato. Para o Galpão, o fascínio de montar essa fábula está em sua incompletude, que lhe atribui característica de obra aberta, possibilitando múltiplas leituras e interpretações.

Um dos elementos fundamentais da peça é a música cantada e tocada ao vivo pelos atores. Para compor o repertório, Gabriel Vilela selecionou canções italianas populares e modernas que receberam novos arranjos. O resultado é o esperado, mas para isso ocorrer os atores passaram por treinamento musical e pesquisaram sobre a antropologia da voz. O resultado são 13 canções apresentadas em 80 minutos de encenação que fundem o brasileiro com o universal, o erudito com o popular e a tradição com a vanguarda.

Construído com madeira de demolições, o cenário do espetáculo conta com mesas, armários, cadeiras e demais objetos que se movimentam e caracterizam a atmosfera de sonho da fábula. Os adereços e os figurinos do espetáculo são coloridos, brilhantes e concebidos especialmente para apresentações noturnas, além de carregarem detalhes e referências do teatro popular. Os tecidos asiáticos, peruanos e brasileiros juntam-se aos bordados e realçam as peças. Velhas sombrinhas são usadas e tornam a Vila de Cotrone fantasmagórica e cheia de encantamentos. Somam-se ainda máscaras responsáveis por encenações burlescas e sombrias.

A vinda do Galpão a Uberaba tem o patrocínio da Petrobras, que há mais de dez anos patrocina o grupo, e apoio da Prefeitura de Uberaba e Fundação Cultural.

 

 
 
 

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