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Fundação Cultural, Cia Cabaré, Miguel Jacob Neto e Cia UNO marcam o Dia do teatro na Concha Acústica
A Fundação Cultural de Uberaba comemora hoje (19), o Dia do Teatro, com apresentações de três grupos na praça da Concha Acústica, das 19h às 21h. Irão se apresentar a Cia Cabaré, Miguel Jacob Neto e Cia UNO, que foram selecionados por edital.
O espetáculo começa com a apresentação da Cia Cabaré, que apresenta “Os homens estão surdos”, mostrando três histórias inusitadas que se interligam com o propósito de mostrar o quanto inconveniente nos tornamos surdos. Uma garota, em reprimida sexualidade e mitos de uma felicidade ilusória; um homem preso em um manicômio por opressão política, tendo sua liberdade de expressão condenada, levando-o à loucura e um pai de família tradicional, conservador e machista, que recebe a visita inesperada de sua consciência. Tudo isso em “Os homens estão surdos”.
O ator Miguel Jacob Neto faz uma montagem teatral com três textos: Réquiem para a Alemanha em um alerta atual para o perigo do nazismo. Um oficial nazista é condenado à morte e antes de sua execução conta sua história. Em outro texto, “As espadas”, Miguel Jacob mostra o que é poder e coragem. No terceiro texto “Apenas duas palavras”, o ator mostra um conto cômico da tradição oriental, num diálogo entre monge e seu superior.
A Cia Uno fecha as apresentações com o espetáculo “Afeto”, quando, através de exercício cênico busca provocar e questionar as relações de afeto entre as pessoas, em uma interação dos atores com a platéia buscando a criação de uma dramaturgia baseada nas investigação do diálogo corporal, recepção e diálogo.
As primeiras peças de teatro foram encenadas na Grécia Antiga havia mais de 2.500 anos e eram apresentadas ao ar livre. Ao longo do tempo passaram a ser apresentadas em locais próprios, com isso surgiram os teatros. No início somente os homens eram atores, interpretando, inclusive, papeis femininos. Somente no século XVII, Na Inglaterra e França, as mulheres começaram a participar das peças.
O Brasil conta com dramaturgos talentosos. No século 19, a comédia de costumes retratou com graça a sociedade brasileira da época. No Brasil o teatro surgiu no século XVI, tendo como motivo a propagação da fé religiosa. Com a ditadura militar e consequentemente com a censura imposta na época, ele viveu um retrocesso produtivo. Com o fim do regime militar, ele estabeleceu novas diretrizes e hoje os artistas são considerados agentes formadores de plateia e incentivadores de novas gerações.
Todo movimento cultural que Uberaba vive, nos dias atuais, tem uma história que se inicia em 1835, também para propagar a fé religiosa, quando aconteceram as primeiras representações teatrais na cidade, em palcos improvisados, constituídos por um assoalho elevado e por diversas filas de tábuas assento em cepos de madeira, formando bancos, para acomodar a platéia. A cobertura e as paredes desses espaços improvisados eram sempre de folhas de coqueiros. Superando as dificuldades financeiras, construiu-se, em maio de 1864, por ocasião de uma festa do Divino, o primeiro teatro de Uberaba. Na construção, grande parte do material empregado foi fornecido por fazendeiros e pessoas da cidade.
Entretanto, o movimento teatral no município teve início na década de 1970, durante a ditadura militar, quando os atores se denominavam “fazedores de teatro” e sofriam repressão ao discutir sobre política nos palcos. O teatro de resistência se tornou característica dessa manifestação cultural. No final dos anos 90, o teatro floresceu em Uberaba e passa a contar com vários grupos atuantes e atualmente revela grande diversidade de grupos, companhias e trupes.
E para marcar o trabalho e luta que hoje comemoramos o Dia Nacional do Teatro, a partir das 19h, na Concha Acústica.
Jorn. Maria das Graças Salvador
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