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Apresentações artísticas estão programadas para acontecer na Praça Nossa Senhora da Abadia, mas atividades iniciaram ontem com debate e hoje será realizado o Baile da Consciência Negra
A Fundação Cultural está promovendo extensa programação voltada para a conscientização, visibilidade e promoção de debates e melhorias da situação dos afrodescendentes, em alusão ao Dia da Consciência Negra, data da morte de Zumbi dos Palmares, celebrado dia 20.
As atividades iniciaram ontem à noite com a palestra no Centro Cultural de Capoeira Águia Branca para debater a luta dos negros, o processo histórico de lutas pelos direitos das populações negras e os valores e influências históricas dos africanos na memória do país.
Hoje (19) acontece o Baile da Consciência Negra, a partir das 21h, na Unidade de Atenção ao Idoso (UAI), que contará com a apresentação da cantora Dri Ribeiro e participação de João Saldanha e Timbuca e banda Sentimento.
As comemorações no feriado de quarta-feira estarão concentradas na praça D’Abadia, começando com shows de Hip Hop, MCs, graffiti e shows, das 9h às 13h. Às 12h será celebrada a Missa Afro, no Santuário D’Abadia.
A partir das 14h, até às 21h, será realizado o Samberaba especial “Show da Consciência”, com a apresentação de dez bandas: Samba é a Nossa Cara, Grupo Kitocada, Samba na Laje, Projeto Nosso Samba, Grupo Exato Momento, Grupo Camisa 10, Grupo Tudo Em Cima, Banda Taggolada, Dri Ribeiro e Banda Grupo Ousadia. Terminando as celebrações no dia, o Coral Afro fará lançamento de CD, no Teatro Experimental de Uberaba (TEU), às 20h, com entrada franca.
Vale lembrar que o Dia da Consciência Negra é comemorado há cerca de 30 anos pelos movimentos sociais, mas foi somente em 2011, a partir da sanção da Lei 12.219, que se tornou oficialmente o Dia Nacional do Zumbi e da Consciência Negra. Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, foi um personagem que dedicou a sua vida lutando contra a escravatura no período do Brasil Colonial, onde os escravos começaram a ser introduzidos por volta de 1594. Um quilombo tinha a função de lutar contra as doutrinas escravistas e também de conservar elementos da cultura africana no Brasil.
A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país. Porém, apesar da legislação, ela não é cumprida na maioria das escolas.
Vale lembrar que a Prefeitura de Uberaba, através da Fundação Cultural, está realizando ações para implantar em Uberaba o Museu da Realidade da Matriz Africana, cujos estudos estão adiantados.
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