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A exposição acontece no Museu da Arte Decorativa (Mada), de 25 de março a 31 de maio
Será aberta hoje, a exposição Coletiva do Artista Reis Júnior. Serão expostas obras inéditas do crítico de arte, historiador, escritor, pintor, vitralista, professor e jornalista, José Maria dos reis Júnior, o conhecido uberabense Reis Júnior. Fará parte da exposição inclusive um trabalho do artista uberabense, que é de galeria de Juiz de Fora e que foi emprestada para engrandecer a exposição.
A exposição acontece no Museu da Arte Decorativa (Mada) e será realizada de 25 de março a 31 de maio.
José Maria dos Reis Júnior nasceu em Uberaba em 1903 e morreu no Rio de Janeiro Rem 1985. Crítico de arte, historiador, escritor, pintor, vitralista, professor, jornalista, Reis Jr ingressou na Escola Nacional de Belas Artes - Enba, em 1920, onde estuda desenho com Modesto Brocos e pintura com Rodolfo Amoedo. Três anos depois, desliga-se da Enba e realiza sua primeira exposição individual, no Palace Hotel, no Rio de Janeiro. Expõe, entre outras, a obra A Retirada da Laguna, 1922, encomendada para a Câmara Municipal de Uberaba. Faz os painéis e cartões para vitrais do teatro do Parque Balneário, em Santos, São Paulo, em 1923.
No ano seguinte, aproxima-se dos intelectuais e artistas ligados à Semana de Arte Moderna. Integra, como crítico, a Comissão Nacional de Belas Artes, entre 1925 e 1935, e leciona desenho na Escola Normal de Uberaba, em 1928. Como bolsista do governo de Minas Gerais, viaja para Paris em 1932, e conhece os pintores Suzanne Valadon, Albert Marquet e André Dunoyer de Segonzac. Retorna ao Brasil em 1935, e se dedica cada vez mais à atividade de crítica e história da arte. Publica o livro História da Pintura no Brasil, em 1944, obra em que reúne amplo material informativo e fontes de pesquisa, desde o período colonial até a década de 1940, apresentando dados biográficos dos artistas e comentários acerca das principais obras; No Rio de Janeiro, atua como professor no Instituto de Belas Artes, em 1945, e nas Faculdades Integradas Bennet de 1975 a 1981. Como crítico se destaca pela publicação dos livros Goeldi, em 1966, e Belmiro de Almeida, em 1984, editados pela Civilização Brasileira e pela Pinakotheke, respectivamente.
Em suas paisagens, exclui o descritivismo acadêmico, apresenta interpretações da natureza que tendem à simplificação formal e ao uso de cores contrastantes, como em Baía da Guanabara. Nos retratos, revela também grande liberdade formal e cromática, como em Retrato de Piolim, 1927.
Sua obra teve valor para o modernismo brasileiro e papel na difusão de novas tendências artísticas, segundo o crítico da pintura José Roberto Teixeira Leite. “Reis Junior é um nome pouco conhecido do modernismo brasileiro, representando esse desconhecimento uma injustiça para quem, como ele, desempenhou um papel histórico na difusão das novas tendências artísticas, além de ter praticado a figura e a paisagem em obediência a postulados absolutamente originais, servindo-se de um desenho sintético e de um colorido pessoal para dar vazas a um mundo de ideias só seu”, diz Teixeira Leite.
O Mada fica na rua Maria de Lourdes de Melo Coli, 30, e o horário para visitação é de terça a sexta das 12h às 18h e sábado das 8h às 12h.
Jorn. Maria das Graças Salvador
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Telefone: (34) 3318-2000
Atendimento ao Público: Das 12h às 18h