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Pessoas se emocionaram com a beleza da lápide, o resgate da memória e em especial pelo conhecimento dos feitos de Frei Eugênio
Sensação de dever cumprido. Assim o prefeito Paulo Piau resumiu a cessão da lápide de Frei Eugênio Maria de Gênova neste domingo (15) para a Paróquia de Santa Teresinha. “O Frei Eugênio teve uma história de amor com Uberaba e fez muito como missionário. Agora temos a história marcada para que as pessoas que vierem posteriormente possam valorizar o que foi feito no passado. Eu, por exemplo, não sabia de tanta coisa que o Frei Eugênio fez para Uberaba, como cemitério, o Hospital Escola [Santa Casa de Misericórdia], água. Isso não pode ser desconhecido e trazer o Lavoura e Comércio e a lápide do Frei Eugênio, que contou com a participação de tanta gente, como a Fundação Cultural, a jornalista Élvia Morais, Guido Bilharinho e Pedro Lima é importante para resgatar a memória. Uberaba está de parabéns. Resgatar a história é perpetuar esta história para a gente ter um futuro brilhante. Devemos acreditar sempre nesta terra, que brilhou e brilha e doa tanto para este Brasil e gera conhecimento desde a década de 30. Uma cidade que tem história e produção e temos de nos orgulhar”, destaca Paulo Piau.
A entrega da lápide foi feita durante missa, às 19h, na igreja de Santa Teresinha e contou com autoridades e paroquianos, que ficaram emocionados ao tomar conhecimento da história do capuchinho. Vale lembrar que a igreja de Santa Teresinha foi construída pelos capuchinos e que os restos mortais do frei estão na paróquia desde 1965, quando foram levados em cortejo com mais de 30 carros acompanhando. Ontem a mesma emoção tomou conta dos paroquianos.
A presidente da Fundação Cultural destacou o trabalho de pesquisa feito pela jornalista Élvia Morais, que falou da lápide ao prefeito, que mandou a Fundação Cultural resgatar a peça para trazer para Uberaba. Também destacou trabalho feito por Frei Eugênio, que realizou muitas obras em Uberaba sendo um missionário e não detendo nenhum cargo administrativo. “Um ato de amor por Uberaba e só temos a agradecer e a entrega desta lápide é um reconhecimento por seu trabalho”, diz Sumayra.
Já o monsenhor Célio Pereira Lima, pároco da Santa Teresinha, diz que recebeu a lápide com alegria. “É uma honra ter os restos mortais de um santo homem benemérito e a lápide é uma benção para a comunidade católica e em especial para os paroquianos da Santa Teresinha. É uma bênção poder acolher está lápide, que faz com a que a gente cresça na fé. Foi tudo providência de Deus, todo o processo, encontrar a lápide, o trabalho das pessoas, do prefeito de Uberaba, da Fundação Cultural e isso coincidir com a data de seu sepultamento, já que hoje [15 de junho] completam 143 anos de sua morte. As coisas de Deus são providenciais e precisamos aprender e sentir os sinais de Deus”, explica monsenhor Célio.
Os historiadores Guido Bilharinho e Pedro Lima, que auxiliaram a jornalista Élvia Morais na pesquisa, afirmam que foi uma ação da prefeitura e da Fundação Cultural que veio ao encontro de um dos capítulos mais importantes da história de Uberaba, “que é a figura do frei Eugênio, que foi pioneiro em todos os sentidos, não só no ministério sacerdotal, mas foi um gênio empreendedor e além de tudo um pioneiro dos estudos climatológicos e um dos primeiros no Brasil. Uberaba tem uma tradição fortíssima em estudo climatológico. O resgate do Lavoura e Comércio e da lápide são dois atos importantes para a construção da história do município”, diz Bilharinho.
Monsenhor Célio leu um resumo das obras feitas em Uberaba pelo missionário Frei Eugênio, como a construção do cemitério São Miguel, de casas para a população, a Santa Casa de Misericórdia, hoje parte do complexo Hospital de Clínicas da UFTM, abertura de ruas, inicio de obras sanitárias em Uberaba, projeção de pontes, e a canalização do rio Uberaba para abastecer a cidade, além do trabalho pela libertação dos escravos. Ao final foram descerradas a placa da cessão e a lápide do frei pelo prefeito Paulo Piau, a presidente da Fundação, Sumayra Oliveira, da primeira dama Heloísa Piau, jornalista Élvia Morais, Guido Bilharinho e Pedro Lima.
Jorn. Maria das Graças Salvador
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