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A unidade a ser construída numa área de 100 mil metros quadrados será a maior da América Latina na produção de fertilizantes especiais; o início da operação será em 2016
Com um trabalho intenso de estímulo ao empresariado local, a prefeitura de Uberaba consegue novos investimentos e o município vai expandindo os empreendimentos industriais em áreas consideradas tradicionais, mas com inovação. Em reunião com o prefeito Paulo Piau, nesta terça-feira (12), no Centro Administrativo, a direção da Ubyfol anunciou a nova planta a ser construída no distrito industrial III com investimentos de R$150 milhões e 200 empregos diretos. Será a maior empresa do segmento de fertilizantes especiais da América Latina.
A empresa comunicou sua transferência da Avenida Alexandre Barbosa para o distrito industrial II com aumento de 50% nos empregos e investimentos de R$50 milhões. Essa unidade fabril está em fase final de construção e a mudança ocorre no início de 2015 quando a Ubyfol completa 30 anos de existência produzindo fertilizantes vendendo para todas as regiões brasileiras, Mercosul, América Central, Europa e África. O grupo Ubyfol deverá faturar este ano R$70 milhões. De acordo com o Plano de Negócios, a empresa pode chegar ao faturamento de R$500 milhões em 2018, e a expectativa para 2021, é de R$1 bilhão.
Segundo o prefeito Paulo Piau, a Ubyfol é bom ver uma empresa genuinamente uberabense ampliando sua produção, crescendo o seu faturamento e a arrecadação de impostos. “Enquanto governo municipal, temos de dar todo apoio e sustentação política para o seu crescimento e também junto aos governos do Estado e federal”, disse.
O prefeito explicou que desde o primeiro momento, seguiu a orientação do Sebrae Minas de que investisse nas empresas locais para gerar mais emprego e ampliar o parque econômico. “Queremos e vamos buscar empresas de fora, uma montadora ou outra indústria de ponta, uma indústria da Petrobras, da Vale. Mas vamos insistir na valorização das empresas locais e a Ubyfol está nesse contexto. A gente quer que ela cresça, com vida longa para a empresa”, observou.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, José Renato Gomes, disse que está trabalhando para que a Ubyfol concretize a nova planta. Para isso já está localizando a área necessária no distrito industrial III. “Vamos fazer um trabalho conjunto com o Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi) para que a empresa possa ser beneficiada com as isenções e benefícios do governo do Estado, considerado parceiro fundamental para todo o nosso crescimento industrial”, explicou José Renato.
Ele acrescentou que está levantando as informações junto à Ubyfol para que possam ser encaminhadas ao Conselho de Desenvolvimento Econômico, onde elas passarão por analise dos benefícios e isenções que o município poderá oferecer. O novo empreendimento significa centenas de novos empregos. “Precisamos trabalhar de mãos dadas com o empresariado e Estado para o crescimento da nossa economia. Estivemos reunidos, nesta semana, com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Rogério Nery, e pedimos a ele a abertura ou doação de novas áreas no distrito industrial III”, afirmou. Parte das novas áreas será destinada à Ubyfol, cuja fábrica de fertilizantes especiais será inédita no Brasil, diminuindo a dependência de importação de componentes importados da Europa para a produção de fertilizantes.
O diretor executivo da Ubyfol, Fabrício Fonseca Simões, disse que está trazendo um projeto de âmbito nacional e internacional, com o apoio do prefeito Paulo Piau. Ele reafirmou que será a maior fábrica do segmento fertilizantes especiais da América Latina. “Em nosso planejamento estratégico já projetamos uma grande expansão a médio e longo prazos. Hoje temos 100 funcionários e mais 100 representantes no campo. Com a transferência para o distrito industrial II mais de 50 empregos deverão ser gerados e também mais impostos”, defendeu Simões.
No projeto de expansão em andamento foram R$50 milhões de recursos investidos, sendo 60% da própria empresa e 40% por meio de financiamento do BDMG e BNDES. Já para a unidade do DI III estão previstos R$150 milhões também com recursos próprios e financiamentos. “Hoje o Brasil ainda importa muito fertilizante. Estamos trazendo exatamente isso, ou seja, a diminuição da dependência de grandes players como a China e a fabricação desses insumos aqui a partir de 2016”, sinalizou.
De acordo com o empresário, para o Brasil a nova unidade representa muito, ter fertilizantes totalmente produzidos aqui, o que não ocorre hoje com a importação de insumos. O país não tem essa tecnologia, e com o novo projeto industrial será possível competir diretamente com os grandes produtores internacionais. “Isso pode se traduzir em menores preços para o produtor rural, pois pode haver diferença com os incentivos que vamos conseguir”, concluiu.
Jornalista Reginaldo Cangussu
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