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Uberaba e região poderão se transformar em polo para a pesquisa e registro das folias como Patrimônio Histórico Imaterial
O curso de Metodologia de Pesquisa em Patrimônio Imaterial -- focado no inventário das Folias de Reis -- será encerrado nesta quinta-feira (28). A promoção é da Fundação Cultural de Uberaba e do Conselho de Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba (Conphau) com o apoio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG). As aulas são das 8 h às 12 h e das 14 h às 18 h, no Teatro Experimental de Uberaba (TEU).
Uberabenses e representantes de diversas cidades da região estão participando do seminário com o objetivo de tornar a região um polo para realização de pesquisa e do registro das folias. Também estão presentes capitães de Folias de Reis e estudantes universitários. Para o instrutor do curso, Luís Gustavo Molinari Mundim, gerente de Patrimônio Imaterial do Iepha e mestre em História Social da Cultura pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o curso tem grande importância para o sucesso do inventário das Folias de Reis, que será feito.
Ele ressalta que a participação dos agentes de cultura -- que no curso aprendem todas as etapas da pesquisa -- é fundamental nesse processo. “A ideia é que após o reconhecimento das folias venha uma política pública de valorização desse patrimônio cultural. E aí vamos precisar desses agentes para executar, para apontar e para participar dos futuros projetos”, observa.
A presidente da Fundação Cultural, Sumayra Oliveira, acredita que o seminário vai reunir forças científicas para avançar no processo de registro das folias. A expectativa é de que já sejam estabelecidas metas de trabalho ao final do curso. “Uberaba é a capital do gado zebu, com orgulho. Também é referência quando se diz respeito ao médium Chico Xavier e referência quanto ao trabalho paleontológico, em Peirópolis. Em minha opinião, devemos defender também o título nacional de se tornar a capital da Folia de Reis, Uberaba e região, porque aqui temos muita história”, defende.
Na abertura do curso, a superintendente do Arquivo Público e conselheira do patrimônio histórico, Marta Zedinik, parabenizou a Fundação Cultural pela iniciativa e reconheceu que é um grande avanço criar um polo regional da área de Folia de Reis e integrar toda a região no desenvolvimento do projeto. Para o vice-presidente do Conphau, Gilberto Resende, essa é uma oportunidade excepcional para a troca de experiências e ao mesmo tempo perpetuar o patrimônio imaterial e as tradições da região.
Molinari Mundim disse que o objetivo é que a experiência seja reproduzida em outras regiões de Minas Gerais que possuem Folia de Reis. “A partir dos resultados observados no polo de Uberaba e região, a ideia é que depois, com o material histórico todo colhido, a gente faça uma instrução única de registro das folias de Minas Gerais como um todo”, afirmou.
Luiza Carvalho de Oliveira – estagiária de Jornalismo
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