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Gonzaguinha, que completaria 70 anos no próximo dia 22, foi um dos maiores compositores da sua geração e deixou um legado de clássicos românticos e políticos que fizeram sucesso nas nossas melhores vozes
O projeto “Aos Mestres com Carinho” deste mês será em homenagem ao cantor e compositor carioca Gonzaguinha. Referência da MPB, suas composições foram gravadas pelos maiores intérpretes da música brasileira.
“Aos Mestres com Carinho” acontece neste sábado (12) no Teatro Experimental de Uberaba (TEU) a partir das 20h30, com entrada gratuita. A homenagem a Gonzaguinha será realizada pelo grupo, Novos Bambas e convidados.
Se estivesse vivo, Gonzaguinha estaria completando 70 anos neste ano.
Com obra popular e incontestável, suas músicas são lembradas até hoje.
Luiz Gonzaga Junior, o Gonzaguinha, viveu sem ter a vergonha de ser feliz. Morto em acidente de carro, aos 45 anos, após apresentação no Paraná, em 1991, ao morrer em um acidente de carro, já tinha saído da sombra do pai famoso – do cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga – e criado seu próprio caminho. Gonzaguinha foi um dos maiores compositores da sua geração, deixando um legado de clássicos românticos e políticos que fizeram sucesso nas nossas melhores vozes.
Diz a lenda que Gonzaguinha era filho de uma cantora do Dancing Brasil por quem Luiz Gonzaga se apaixonou e adotou o menino, prometendo bancar os seus estudos. Odaléa, esposa de Luiz Gonzaga, morreu jovem e Gonzaguinha foi entregue aos cuidados de uma comadre do seu pai e se criou no morro de São Carlos, onde se tornou compositor aos 14 anos.
Mas diz a lenda também que Luiz Gonzaga era estéril e não teve outros filhos. Com 16 anos, Gonzaguinha foi morar com o pai, mas o encontro foi desastroso e ele voltou ao Rio para estudar Economia e começou a participar de um novo grupo de artistas, com Ivan Lins e Aldir Blanc.
Com uma música complicadíssima e letra sarcástica, ganhou o 1º Festival Universitário da TV Tupi e, junto com seu grupo, foi participar do programa "Som Livre Exportação", da TV Globo. Mas as músicas de Gonzaguinha eram tão ferozes que das 72 que mandou para a censura, só 18 foram liberadas.
Apelidado de "cantor-rancor" na ditadura, com a abertura política Gonzaguinha revelou a sua melhor vocação: canções românticas e passionais arrebatadoras nas vozes de artistas tão diferentes como Maria Bethânia, Agnaldo Timóteo, com o hino gay “Grito de Alerta”, e as Frenéticas, que transformaram a canção política “A Felicidade Bate à Sua Porta” em um dos maiores hits da disco music no Brasil.
Ao mesmo tempo em que Gonzaguinha se consagrava como um dos artistas brasileiros de maior sucesso, Luiz Gonzaga caía no ostracismo da música regional. É a hora do grande encontro de pai e filho, que se transformou em um emocionante filme de Breno Silveira, com Julio Andrade perfeito no papel de Gonzaguinha.
Gonzaguinha era um grande poeta romântico e um compositor com um extraordinário talento para expressar os sentimentos dos brasileiros em vários momentos da nossa história.
A homenagem será feita pelo grupo “Novos Bambas”, formado pelos músicos Fausto Reis (cavaquinho e direção musical), Carlos Giovanny (violão e voz), Moacir Neto (pandeiro) e Carlos Humberto "Boi" (percussão geral), sábado (12), no TEU, a partir das às 20h30. O TEU fica na rua Padre Zeferino, 998.
Maria das Graças Salvador
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