ACESSIBILIDADE
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O atendimento ao maior número possível de demandas culturais e o respeito e prioridade aos artistas foram as principais marcas da Fundação Cultural na gestão do professor Antônio Carlos Marques, que assumiu a autarquia em agosto deste ano. Segundo ele, o desafio foi atender aos artistas e às demandas culturais da melhor forma possível, visto que o momento foi de contenções financeiras e de ter consciência em relação às responsabilidades administrativas.
“Apesar de ser um momento em que temos poucos recursos, a Fundação Cultural não abriu mão de receber bem todos os artistas, sem discriminação e com tratamento igual a todos os segmentos, desde as tradições mais populares até o erudito. Conseguimos receber as pessoas e acolher o máximo de ações culturais que pudemos, afinal de contas a Casa da Cultura é em primeiro lugar a casa do artista”, pontua Antônio Carlos.
Desde a posse do presidente, em agosto, a Fundação Cultural realizou e apoiou ações de todos os segmentos culturais, incluindo a música, dança, teatro, artesanato, cultura popular e erudita, além da arte urbana, artes visuais, literatura e patrimônio histórico. Também apoiou diversos eventos culturais públicos, escolares e de grupos independentes com o fornecimento de equipamentos de som e palco, bem como por meio da liberação de uso de espaços culturais, com projetos ocupando gratuitamente o Teatro Municipal Vera Cruz, Teatro Experimental de Uberaba, Concha Acústica e a Casa da Cultura.
Entre os pontos altos destaca-se o apoio a projetos de âmbito nacional, como o Painel Funarte Regência Coral, que reuniu mais de 140 inscritos nas aulas de técnica de regência, dinâmica de coro e técnica vocal, e o Circuito Brasil, projeto itinerante que trouxe atividades culturais a bordo de um caminhão-palco.
Outro importante evento foi o 5º Panorama das Artes Visuais de Uberaba, que ofereceu workshops gratuitos de Cerâmica Raku, Desenho de Paisagem e duas modalidades em Pintura no Museu de Arte Decorativa de Uberaba (Mada), que também recebeu a exposição de artistas renomados responsáveis pelos workshops de cada área.O projeto foi uma realização da Fundação Cultural e da Associação Cultural Casa do Folclore, por meio do Fundo Estadual de Cultura – Governo de Minas Gerais.
Reconhecimento do Patrimônio Cultural
Outra marca importante é o reconhecimento do Hip Hop e das Folias de Reis como Patrimônio Cultural Imaterial de Uberaba. Os decretos para registro destas duas manifestações culturais foram assinados pelo prefeito de Uberaba, Paulo Piau e pelo presidente da Fundação Cultural, Antônio Carlos Marques, que também decretaram recentemente a Fazenda Cassu como patrimônio histórico municipal.
O decreto sobre o Hip Hop lembra que este “é um movimento de cultura popular, uma forma de arte e de atitude que conquistou o mundo. É um estilo de vida, de se afirmar como sujeito social, de demarcar um território, valorizar uma identidade cultural e ocupar espaços públicos. É um movimento que faz arte como forma de protesto social, mistura o novo e antigo, o popular e o erudito, a poesia e a paródia, e inventou o Rap (Rhythm and Poetry)”.
O decreto proíbe qualquer tipo de discriminação ou preconceito de natureza social, racial, cultural ou administrativa contra o Hip Hop na cidade. A partir de agora, os artistas deste estilo passam, então, a ser declarados como agentes da cultura popular, devendo ter seus direitos respeitados.
Em relação às Folias de Reis, o decreto homologa o registro desta tradicional manifestação como patrimônio cultural e determina que sejam procedidos os assentamentos legais, principalmente no Livro de Registro das Celebrações, conforme determina a Lei 10.717 de 17 de dezembro de 2008. Neste caso fica proibida a descaracterização do Movimento das Folias de Reis em Uberaba.
A estimativa é que Uberaba possui cerca de 160 companhias de Folia de Reis, uma das mais ricas manifestações de cultura popular. Vale destacar que outra iniciativa importante foi a reativação da Associação de Folias de Reis de Uberaba. “Com esta organização, os grupos estarão mais aptos a participar de editais de incentivo para a captação de recursos, além de unir ainda mais os grupos em torno das festividades populares”, explicou Antônio Carlos Marques.
Portas abertas
Com grandes desafios e demandas, uma das maiores prioridades da Fundação Cultural na gestão de Antônio Carlos Marques, desde agosto até o momento, foi melhorar o atendimento aos artistas e permanecer de portas abertas, sem distinções, para ouvir as demandas de todos os segmentos culturais.
“A Fundação Cultural, como casa do artista, deve ser aberta a todos e deve tratar qualquer artista com o mesmo espaço e o mesmo respeito. Por isso o objetivo foi dar voz a todos eles, permanecendo de portas sempre abertas para receber as demandas e fazer nosso melhor. Seja para receber um elogio ou uma reclamação, uma nova ideia ou a busca de uma parceria, nossa equipe buscou melhorar o atendimento para que todos pudessem ser ouvidos e atendidos”, explica Antônio Carlos.
Ainda segundo o presidente,a boa relação com os artistas proporcionou à Fundação Cultural ótimas parcerias e a realização de eventos de qualidade, dentro das atuais possibilidades para atender ao maior número de demandas. “Com o diálogo aberto pudemos ouvir os questionamentos, as ideias e as necessidades de todos os artistas que nos procuraram. Buscamos atender a todos respeitando também nossos limites financeiros, e os artistas foram grandes parceiros, entendendo a situação e participando conosco das ações culturais com flexibilidade, compreensão e amor pela arte. A prioridade é e continuará sendo nossos artistas, pois são eles que movem nossa cultura e a nossa história”, finaliza ele.
Luiza Carvalho – Jornalista
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