03/02/2017 - Fundação Cultural aprova projeto da Orquestra Jovem na Lei Rouanet

O projeto de manutenção da Orquestra Jovem de Uberaba, da Fundação Cultural, foi aprovado na Lei Rouanet para a captação de recursos por meio de abatimento fiscal. O objetivo é a aquisição de equipamentos e instrumentos musicais, visando o atendimento e ampliação de oportunidades para os alunos que compõem a orquestra, além de apresentação de gala com os alunos concluintes, com educação e formação musical de qualidade. A Orquestra Jovem tem a função de preparar os alunos para inserção na Orquestra Municipal, no futuro, e nas demais orquestras pelo país. As oficinas de instrumentos de orquestra e de coral já atenderam mais de 140 alunos e são realizadas na Casa da Cultura, no CEU das Artes, e no Circo do Povo, abertas a toda a comunidade, especialmente a alunos em vulnerabilidade social.

Segundo a diretora de Fomento e Patrimônio da Fundação Cultural, Lisete Resende, o próximo passo é buscar parcerias com as empresas que desejam incentivar o projeto através da destinação dos impostos. "A equipe está a disposição de todos os empresários que estejam interessados em fazer parte, com suas marcas, deste grande projeto. O priicipal objetivo é a manutenção da orquestra escola, que está em funcionamento desde 2014, por meio de recursos que possibilitem manter tanto os professores como os instrumentos, garantindo a frequência, o aprendizado, o desenvolvimento e a formação dos alunos", explica ela.

Com os recursos e instrumentos adequados, a Orquestra Jovem pretende continuar a captar alunos com potencial musical e oferecer cursos de instrumentos de suas  referências, para que possam estudar e ensaiar. São também seus objetivos a valorização da Arte, a transmissão da Arte, a possibilidade de acesso da Arte a toda a comunidade, uma vez que o ensino na escola orquestra para formação da Orquestra Jovem é gratuita. Além de divulgar os projetos desenvolvidos em cada estabelecimento, oportunizando aos alunos e professores mostrarem seu trabalho, e à comunidade de conhecer o que se faz na orquestra escola, de forma a contribuir de forma efetiva para as políticas públicas inclusivas na área Cultural.

A proposta é realizar um trabalho contínuo, social e cultural, no qual jovens talentos possam desenvolver o aprendizado de um instrumento de orquestra, criando uma perspectiva de futuro através da música.

A Orquestra Jovem

O projeto da Orquestra Jovem iniciou‐se como uma proposta de inserção social através da música, no ano de 2014, em um edital de processo seletivo para ingresso de alunos. com objetivo de estruturar a Orquestra no futuro por meio de formação de alunos desde seus primeiros passos, utilizando os instrumentos emprestados por um Ponto de Cultura da cidade, e os instrumentos da Orquestra Municipal de Uberaba (OMU).

Como a OMU é formada por músicos com grande experiência em orquestras e no ensino do instrumento, verificou‐se que o futuro da Orquestra estaria comprometido, uma vez que não há quem execute alguns dos instrumentos na cidade. Inicialmente com 60 alunos na Orquestra Jovem, além dos cursos de música feitos por trabalho voluntário dos músicos, foram aplicados ensinamentos sobre comportamento na orquestra, sobre a harmonia que se obtém com o trabalho coletivo, e alguns pequenos concertos foram ensaiados para que os alunos vivenciassem a experiência enquanto aprendiam.

Como resultado o número de alunos mais que dobrou, e as aulas se estenderam para outros dois equipamentos culturais, o CEU das Artes e o Circo do Povo, atendendo crianças e adolescentes em vulnerabilidade social.

O ano de 2015 foi importante para o amadurecimento do projeto artístico da Orquestra Jovem. A temporada contemplou a execução de um repertório mais desafiador e a apresentação em espaços públicos. Para encerrar a temporada, os jovens músicos tiveram a oportunidade de dividir o palco com a Orquestra Municipal de Uberaba, e o Coral Cidade de Uberaba. No período natalino um concerto especial contou com a participação dos alunos.

Uberaba é privilegiada na área musical, berço de Joubert de Carvalho, Cacaso,Goiá, Rigoleto de Martino, entre outros, possuindo um grande número de músicos cadastrados e em atividade. É uma cidade que respira música, em todos os estilos. O projeto tornou‐se uma importante referência no processo de acesso ao aprendizado musical e aperfeiçoamento de jovens instrumentistas da área de cordas nos últimos anos na cidade. A formação da Orquestra Jovem contemplou o sonho também de várias crianças e jovens em bairros diversos que jamais imaginaram ter a oportunidade de conhecer, ou muito menos, aprender a tocar um Violino, e outros instrumentos musicais. Com três unidades da escola em funcionamento, uma no centro e duas em bairro periférico considerado de risco, são ofertados cursos gratuitos a uma população interessada e compromissada. O encantamento com os instrumentos e com seus talentos desconhecidos emociona quem participa ou esteja envolvido, de alguma forma, com o projeto.

A oportunidade de fortalecer, e manter a proposta, apenas é possível com o aporte de recursos para pagamento dos professores, para compra de instrumentos e despesas com apresentações. O interesse em manter e fortificar o projeto foi o que justificou o envio da proposta à Lei Rouanet, e agora é preciso o apoio das empresas para o sucesso da captação dos recursos aprovados.

É um projeto que, no seu terceiro ano de funcionamento, provou ter uma ótima receptividade na comunidade, além de demonstrar resultados positivos com a procura dos alunos pelas aulas, e suas permanências nos cursos. Contribuiu expressivamente para a formação de público, atingindo a pessoas de diferentes idades e classes sociais (através de eventos, concertos didáticos e ensaios abertos), contribuindo para uma nova forma de acesso à cultura. A formação destes alunos e a crença em iniciativas como essas, mesmo desenvolvidas em cidades do interior, faz com que a Fundação Cultural esteja segura de que esse projeto tem chances de provocar mudanças significativas e positivas na comunidade.

Comunicação PMU/FCU