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Atendendo a solicitação da Comissão de Educação e Cultura da Câmara Municipal, composta pelos vereadores Rubério Santos, Alan Carlos, Ronaldo Amâncio e Cleomar Marcos de Oliveira (Cleomar Barbeirinho), os secretários de Educação Silvana Elias e de Administração Rodrigo Vieira reafirmaram a posição do governo municipal junto ao Sindemu e representantes do Comando de Greve, sobre as decisões relativas à greve desencadeada na última semana, pelos profissionais da educação.
A secretária de Educação explicou alguns pontos citados na última reunião com os vereadores e reafirmou que em momento algum ela e o prefeito se fecharam ao diálogo. “O que dissemos é que não teríamos condições de dar uma resposta segura sobre o impacto financeiro, visto a crise econômica”.
Adislau Leite, presidente do Sindemu, garantiu que o principal motivo da greve seria a questão do reajuste salarial e na oportunidade questionou alguns itens da pauta de reivindicações, já avaliada pela administração municipal, e que serão discutidas em outra oportunidade. De acordo com ele, o Sindemu não abrirá mão do reajuste salarial.
Silvana Elias, apoiada pela equipe gestora da pasta e do governo, esclareceu sobre o salário dos professores, as horas excedentes e até reposição de aulas, como, por exemplo, a complementação do salário do educador infantil, retroativo a janeiro e a incorporação do complemento retroativo aos PEB´s, que têm a hora aula passando de R$ 9,60 para R$ 10,64 a hora, além do descanso semanal remunerado, que não entra como salário, mas em Uberaba está incluso na folha de pagamento. E reiterou que as propostas que tenham impacto financeiro serão adiadas para julho, como já havia pedido o prefeito Paulo Piau em reunião anterior.
Adislau e representantes do Comando de Greve afirmaram que não sabiam do complemento salarial, que está sendo pago retroativo a janeiro e também não tinham conhecimento sobre a data que o prefeito teria dado para a formação de uma nova mesa de debate, que ficou marcada para 18 de julho.
Jorge Cardoso Macedo, Assessor Especial de Orçamento, fez uma breve explicação de quais medidas o governo municipal está tomando para conseguir um equilíbrio financeiro, para melhorar a arrecadação e somente depois ter subsídio para a negociação. “Até o final de junho, não temos como fazer uma leitura verdadeira e garantida sobre a situação financeira do município, principalmente porque dependemos de recursos estaduais e federais”, complementa. Sandra Barra, diretora de Recursos Humanos ressaltou que já e comum o município pagar o complemento do piso até as negociações acontecerem.
“Os números são extremamente vulneráveis, o problema é fazer uma negociação em cima de uma insegurança econômica. Temos medo de ter um problema sério pela frente. Podemos ir conversando durante todo o tempo. Acertando, mantendo o complemento, para não trazer prejuízo para os educadores e chegarmos a uma proposta melhor em julho”, pondera Silvana Elias.
Entre outros assuntos da pauta, os representantes do Sindicato, vice-presidente Bruno Ferreira, o assessor jurídico Frederico Fortes, o assessor Anízio Bragança, e os representantes do Comando de Greve, professores Thais Villa Oliveira, Jhonatan Raymundo de Almeida e Cristiane Monteiro dos Santos discutiram propostas e dúvidas dos servidores durante todo o período de greve.
Sobre a reposição de aulas da greve, Silvana fez uma proposta que será documentada para que os professores grevistas reponham a aula em julho, pois os sábados até o mês de julho, já estão comprometidos com outras atividades. Ela ainda lembra que seria ético da parte dos professores que paralisaram no dia 15 e estão em greve, que reponham a aula no sábado dia 08, conforme combinado no evento nacional.
É importante ressaltar que os professores deverão repor aula cumprindo carga horária com alunos em sala de aula. “Só aceito esse acordo, se os professores puderem repor em julho, para contar como dias letivos. Isso vai ser ótimo para as famílias, que poderão deixar as crianças no Cemei e trabalhar”, diz.
Além disso, houve proposta de que o pagamento da reposição seja feito somente depois de acontecer a aula, ou seja, neste mês de abril, será feito o desconto em folha dos dias paralisados. Adislau considerou as propostas viáveis, porém acredita que terá uma resposta somente depois da assembleia, que acontecerá na próxima sexta-feira. “Na sexta conversamos com os educadores e na segunda trazemos as contrapropostas”, finaliza.
Monica Cussi
Secom/PMU
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