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A Fundação Cultural de Uberaba intensificou, em 2017, os trabalhos e esforços para a preservação, valorização e a visibilidade da Cultura Popular do município. Folias de Reis, Congadas e Moçambiques, Hip Hop e os modos de fazer e tocar a viola caipira estão entre as vertentes trabalhadas em diversas ações que movimentaram a cultura na cidade, dando destaque às manifestações culturais que formam a identidade histórica local.
Entre as propostas que fizeram sucesso neste ano, as palestras da Educação Patrimonial movimentaram diversas escolas municipais e estaduais, levando informações históricas da cidade com o objetivo de despertar nas crianças e adolescentes a importância da preservação da história e da cultura local. Envolvendo a fotografia, o projeto 100% Afro destacou a comunidade afro de Uberaba com sessões de fotos em que a fotógrafa idealizadora, Ruth Gobbo, apresentou a tradição de tribos africanas com a arte de pinturas corporais em modelos uberabenses.
Também nas ações de 2017, a equipe técnica do Setor Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural deu início a um estudo para o reconhecimento das Violas, seus modos de fazer e de tocar, como patrimônio cultural imaterial do Estado. O mapeamento das informações culturais e históricas vai de encontro ao projeto “Violas: modos de fazer e tocar em Minas” do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), que pretende solicitar ao Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep) o reconhecimento dos modos de fazer e tocar a viola como patrimônio imaterial de Minas Gerais.
“O objetivo do estudo do Iepha-MG é identificar onde estão presentes os tocadores e os fazedores de viola no estado, mapear as especificidades regionais do fazer e tocar a viola em Minas, bem como compreender as relações do instrumento com as vivências coletivas, religiosas e místicas dos mineiros. E em 2017 Uberaba deu grandes passos para esta pesquisa, reunindo os violeiros para bate-papos, shows, workshops e inclusive uma aula-espetáculo com o violeiro Roberto Corrêa, dentro da 6ª Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais”, relembra a historiadora do Sempac, Maria Aparecida Manzan. Uberaba também foi palco, além disso, de ensaios para o Mil Violas, maior encontro de violas do Brasil, reunindo mais de 80 violeiros uberabenses no encontro que foi realizado em Uberlândia.
Outro destaque é que, além das Folias de Reis e do Hip Hop, agora os Ternos de Congados, Moçambiques, Afoxé, Catupé e Vilão de Uberaba também foram decretados patrimônio cultural imaterial do município. Com isto, as manifestações culturais ficam sujeitas às diretrizes de proteção estabelecidas por lei, considerando também o dever do poder público em conceder proteção especial aos bens culturais de natureza imaterial da cidade que justifiquem o interesse público na sua preservação.
Encontro de Folias – Também reforçando a valorização e a força da cultura popular, a Fundação Cultural e o Sesc Integrado ao Sistema Fecomércio MG, com o apoio da Associação Cultural Casa do Folclore e da Associação Cultural Casa do Folclore, promoveram em agosto o Canto e Encanto das Folias de Reis - 59º Encontro Regional de Folias de Reis de Uberaba. O evento, que integrou a Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais, reuniu mais de 200 foliões e um grande público que prestigiou as apresentações no Centro da Diversidade Cultural do Sesc.
O presidente da Fundação Cultural, Antônio Carlos Marques, destacou que encontros e ações como estas auxiliam a Fundação Cultural na preservação e no registro de salvaguarda das manifestações culturais. “Queremos que as pessoas sejam cada vez mais acolhidas pela Fundação Cultural, que é a casa do artista, e que a cultura popular possa ser cada vez mais fortificada por meio de políticas públicas que deem subsídios para que as tradições sejam protegidas e valorizadas. É dessa forma que a tradição permanecerá viva na nossa cultura”, pontuou o presidente.
Luiza Carvalho – Jornalista
Comunicação PMU/FCU
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