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Comitiva vai ao MAPA solicitar mudança em normativa para transporte de gado. Agropecuaristas querem seguir as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal, que é diferente da normativa brasileira.
A convite do agropecuarista Marcelo Guandalini, da empresa Alvo Agro, o prefeito Paulo Piau e o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, José Renato Gomes e o secretário de Desenvolvimento do Agronegócio, Luiz Carlos Saad, visitaram nesta sexta-feira a Fazenda Santa Rita de Cássia, localizada no município de Uberaba. Na propriedade, eles acompanharam o embarque de mais de cinco mil bovinos para a Turquia, um dos principais mercados importadores de gado vivo do Brasil.
Piau e os secretários conheceram as instalações da fazenda e viram de perto como é feita a preparação e o embarque dos animais para o Porto de Santos. A Alvo Agro atua em Uberaba há 13 anos na exportação de bovinos, bubalinos, equinos e ovinos para diversos países. Em 2017, a empresa movimentou mais de 35 milhões de dólares com a exportação de quase 50 mil animais. Este ano a expectativa é de que esse número aumente em mais de 50%.
Mas, segundo o agropecuarista, uma normativa do Ministério da Agricultura, que regulariza a atividade no Brasil tem prejudicado o setor. Atualmente, a lei brasileira exige que o local de quarentena dos animais, ou seja, onde eles são preparados para o embarque até o Porto de Santos, deve estar situado a uma distância que não implique uma jornada superior a 8 horas de transporte rodoviário.
Guandallini explica que hoje, o tráfego intenso nas rodovias e até mudanças no clima, tem dificultado o cumprimento dessa exigência. “Nós trabalhamos no limite, na pressão e isso pode nos obrigar a deixar o município de Uberaba, para encurtarmos essa distância até o Porto de Santos, justificou. O agropecuarista afirmou que no próximo dia 20, exportadores, representantes da Bancada Ruralista e da Frente Parlamentar Agropecuária estarão em Brasília para uma reunião com o Ministro da Agricultura Blairo Maggi. O tema do encontro será a mudança da normativa brasileira, para o que recomenda a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
“Nos demais países é permitido de 12 a 15 horas de transporte e os animais chegam ao destino em ótimas condições de saúde, como o gado que sai das fazendas brasileiras. Por isso, nós queremos que o MAPA nos dê as mesmas condições de trabalho que a OIE determina”, ressaltou. O agropecuarista uberabense pediu apoio ao prefeito Paulo Piau nas negociações em Brasília.
Piau disse que a preocupação dos empresários do setor é relevante e que o município estará de mãos dadas nessa luta. “Uberaba tem uma vocação para a exportação, pela sua infraestrutura e pela sua localização. É uma das quatro linhas de atividades novas que nós estamos incentivando, além do turismo, das empresas de base tecnológica e da logística. Por isso estaremos em Brasília com o Ministro da agricultura para encontrar uma solução para essa questão”, afirmou.
Paulo Piau ressaltou ainda a importância da Alvo Agro para Uberaba na geração de emprego e renda. E afirmou que confia no bom senso do governo brasileiro para resolver o impasse. “Os produtores brasileiros já seguem normas extremamente rígidas que tratam desde a origem do animal, o manejo, as condições de transporte, tudo para garantir a sanidade e o bem estar desses animais. Se já existe uma especificação respeitada no mercado internacional, o Brasil deve seguir pelo mesmo caminho”, concluiu Piau.
Jornalista – Melissa Paroneto
Secom/ PMU
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