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“O que dizer sobre a abolição hoje?” é o tema da mesa redonda que ocorrerá na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), a partir das 19h30, nesta terça-feira (8). O evento é aberto ao público e será no anfiteatro Safira da Universidade. A discussão é uma iniciativa do Grupo de Extensão Temas Raciais da UFTM e Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) Campus Uberaba, com apoio da Fundação Cultural de Uberaba, por meio da Coordenadoria de Políticas de Igualdade Racial.
A mesa redonda faz parte do calendário de atividades realizadas em prol do 13 de Maio, data que simboliza os 130 anos da Abolição da escravatura no país. Dentre os participantes da mesa estarão Agnes Maria Araújo Anjos, Edson Fernando Militão, Prof. Dr. Flávio Henrique Saldanha, Jaine Irene Basílio e Wellington Sabino, com mediação da Profª. Drª. Maria Cristina de Souza.
Exposições ilustram questões sociais - Em paralelo à mesa redonda, no térreo do Auditório Safira, também ocorrerá a abertura de duas exposições artísticas na UFTM. Serão inaugurados os trabalhos da fotógrafa Renata Reis com “ONGUSU- Retratos de Empoderação” e as obras da “Expressões Quilombolas: Identidade Negra em Memórias Coloridas”, da artista plástica Daniella Néspoli.
A exposição "Expressões Quilombolas: Identidade Negra em Memórias Coloridas", da artista plástica Daniela Néspoli, apresenta uma escolha da temática dentro da dimensão política da arte, que busca construir um espaço coletivo social de reflexões. Néspoli esclarece que a exposição é um ponto estratégico, é a encruzilhada do passado e do presente, criando caminhos para o futuro. A artista é natural de Pirassununga, no estado de São Paulo e vive há oito anos em Uberaba.
Simultaneamente, também será inaugurada a exposição “ONGUSU - Retratos de Empoderação”, da fotógrafa Renata Reis. A mostra fotográfica é uma homenagem às mulheres negras e é parte resumida do projeto que teve início em 2016 e consiste em sessões fotográficas de 15 minutos, com mulheres negras, retratando a essência de cada uma delas. A palavra Ongusu, que dá nome à exposição, significa força, na língua Umbundu, um dos idiomas de Angola, na África.
A fotógrafa explica que o projeto é sobre força, representatividade, amor próprio e superação do racismo. “O projeto mostra essas mulheres, que com resiliência e coragem, estão superando todos os obstáculos e que lutam todos os dias para se fortalecerem e hoje se amam e estão em processo de descobrimento. Essas mulheres retratadas são exemplo para muitas outras. Tão importante quanto essas mulheres lindas que acreditaram no meu trabalho, e que se doaram para esse projeto; são as mulheres que eu espero serem tocadas por ele”, declara Renata.
Estagiária Jorn. Ana Rizieri
Estagiária Jorn. Raiane Duarte
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