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Equipe teve destaque na catalogação e transmissão de conhecimento histórico e cultural
A Fundação Cultural de Uberaba, por meio da Seção Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural (Sempac) realizou diversas ações de preservação do Patrimônio Material - Móvel, Imóvel e Imaterial do município de Uberaba. A equipe técnica trabalhou com inventários de bens materiais e imateriais, além do processo de pesquisa e registro, que impulsionou o projeto de Educação Patrimonial, que levou ao público realizações do Conphau.
Todas as informações levantadas em 2018 são remetidas ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA), para serem analisados e depois pontuados no ICMS, que é o recurso que o município recebe para investir em projetos culturais e de preservação do patrimônio histórico. Os relatórios desse ano serão enviados nessa sexta-feira (07). Na parte histórica foram 3 registros, 5 salva guardas (medidas de proteção) e 42 fichas de inventários.
A história se manifesta de diversas maneiras, seja pelas manifestações culturais ou até mesmo por meio dos imóveis que emolduram Uberaba. Para conservar todas as características que fazem parte da construção da memória social do cidadão são utilizadas duas práticas; o inventário e o tombamento. De acordo com o historiador e coordenador do projeto de Educação Patrimonial, Gustavo Vaz, o inventário é uma espécie de pré-tombamento.
“O inventário é um dos primeiros processos para se chegar ao tombamento, nele se faz um levantamento do que pode ser tombado, porém o inventário também tem todos os critérios de preservação. O ano de 2018 foi um recorde de levantamento material e imaterial”, pontua Gustavo.
No quesito registro de manifestações da cultura imaterial, esse ano a Sempac trabalhou com as Folias de Reis, Casas de Religiões de Matrizes Africanas, Ternos de Congados e Moçambiques (Festa de Nossa Senhora do Rosário), Festa do Bairro Rural da Baixa, Circo do Povo e Festival do Chapadão de Música Popular de Uberaba.
Todo esse trabalho é repassado para a população através de palestras, rodas de conversas e atividades lúdicas. A Educação Patrimonial trabalha com comunidades, professores, escolas em nível fundamental I e II, ensino médio e ensino superior.
Gustavo Vaz explica que o setor já está se programando para dar continuidade ao projeto de Educação Patrimonial em 2019. “Ano que vem iremos retratar o que temos aqui e passar esse conhecimento para a comunidade uberabense”. O Historiador avalia de forma positiva os registros e as ações desse ano e afirma que o projeto revive memórias e faz com que os participantes criem um laço íntimo com a história. “Estamos numa sociedade pós-moderna, líquida, então trazer esse resgate histórico e passar para a pessoa é importantíssimo”.
A equipe técnica da Seção Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural conta com o auxílio do Conselho de Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba, órgão colegiado, consultivo e deliberativo que propõe bases políticas de preservação e valorização dos bens, além de acompanhar as ações de proteção e emitir pareceres. Em 2018 houve eleição do Conselho, que vem atuando nas ações da cidade.
Raiane Duarte – estagiária de Jornalismo
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