17/12/2020 - Europeus voltam a tratar da possibilidade de produzir amônia verde em Uberaba

A secretária adjunta de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Anne Roy Nóbrega participou, nesta quinta-feira (17), de reunião remota com empresários estrangeiros para voltar a tratar de projeto de produção, transporte e comercialização de “amônia verde” do Brasil, podendo ser a partir de Uberaba, para exportação. Ela alerta que esse tipo de projeto costuma ter investimentos da ordem de US$ 700 milhões, o que seria muito positivo para o Município. O primeiro encontro virtual aconteceu no dia 10 de novembro passado, com o prefeito Paulo Piau e representantes da Fundação Getúlio Vargas e empresários europeus.

Segundo Anne Roy a empresa demonstrou firmeza para continuar o mega projeto, que entra agora numa fase de levantamento de financiamentos, estando bastante adiantados nas áreas de transporte, armazenamento e venda da amônia a ser produzida no Brasil.

Em Uberaba, explica a secretária adjunta, deverá ser instalada a empresa para a retirada dessa produção. “A partir da unidade industrial do Município, essa amônia deverá ir até o porto de Santos (SP) e, de lá, exportada para a Europa, com a finalidade de abastecer o mercado europeu”, destacou.

Anne acredita que a Fundação Getúlio Vargas deverá ficar responsável pela contratação de empresas de engenharia, projetos e construção. Também pode ser montado um consórcio de investidores para a empresa estrangeira no Brasil. Por questões de confidencialidade a empresa ainda não pode ser revelada, de acordo com a representante da Sedec.

O prefeito Paulo Piau lembrou que é muito grande a dependência mundial dos combustíveis fósseis como o petróleo e gás natural que estão concentrados nas mãos, especialmente dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). “Os investidores se entusiasmaram com o fato de Uberaba estar bastante adiantado na produção de energia solar (fotovoltaica). O mapa solarimétrico da Cemig aponta que Uberaba é um ponto com alto índice de insolação, ideal para a produção de energia sustentável”, disse.

De acordo com o chefe do Executivo existe grande interesse na produção da amônia e importá-la para ser essa nova matriz energética para a Europa, a partir exatamente da energia solar e outras fontes sustentáveis, como biocombustíveis, hidrelétrica, dentre outras e Uberaba está no centro das atenções desse processo.

Jorn. Maria Cândida Sampaio