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A partir da primeira quinzena de julho, terá início a colheita das lavouras do trigo cerrado em nosso Município. As variedades desenvolvidas por unidade da Embrapa em Uberaba, além de resistentes ao clima seco, têm proporcionado grãos de qualidade e com grande aceitação no mercado da panificação.
De acordo com o secretário municipal do Agronegócio, José Geraldo Borges Celani, os números da área plantada ainda não foram totalmente fechados pelo Conselho Gestor de Previsão de Safra, restando um ou outro produtor. “Porém, até o momento, já foi confirmado um total de 5.198 hectares de área plantada de trigo no Município, sendo 4.050 hectares com trigo sequeiro e 1.148 hectares com trigo irrigado”, relatou, acrescentando que a produtividade estimada pelo CGPS é de 5.100 quilos de grãos para o irrigado e, em torno de 2 mil quilos para o trigo sequeiro.
Embora os números ainda possam subir, Celani ressaltou que a área plantada de trigo em 2021, computada até o momento, já supera em quase mil hectares as lavouras de 2020, que chegaram a 4.300 hectares. “O crescimento é de mais de 20%”, comemorou.
O produtor João Ângelo Guidi, um dos introdutores do trigo no cerrado de Uberaba, disse que vai iniciar a colheita de sua lavoura, provavelmente, no próximo dia 9 de julho. Ele plantou 350 hectares de trigo, bem divididos entre sequeiro e irrigado. Guidi está entusiasmado com o desenvolvimento das plantas, mas prefere não antecipar produtividade esperada para o trigo sequeiro e nem mesmo o irrigado. No entanto, o produtor informou que já tem toda a produção comercializada com moinhos da região.
Para Vanoli Fronza, pesquisador e melhorista responsável pelo Núcleo Avançado de Trigo Tropical da Embrapa, instalado desde 2012 em Uberaba, através de parceria entre a Epamig e Governo Municipal, as pesquisas têm tudo a ver com este avanço da cultura no Município. “Há uns dois anos, chegamos a cultivar BRS 404, bastante resistente ao clima do cerrado e por isto, responsável por produtividade superior a 4 mil quilos por hectare”, enfatizou.
Além disso, salientou Vanoli, que sabedores de que a principal demanda dos moinhos é a panificação, o núcleo e os parceiros passaram a desenvolver grãos que atendessem este interesse. “Assim, hoje, produzimos um trigo cujas características genéticas do glúten, aliadas ao clima seco do cerrado, vêm de encontro às exigências da indústria do pão,” explicou o pesquisador da Embrapa, ressaltando que o nosso trigo não deixa nada a desejar para o trigo importado, pelo contrário, é melhor.
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