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Buscando estabelecer atividades agrícolas que permitam aos produtores diversificar seus empreendimentos, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagri) está fomentando a produção de batata-doce como alternativa à pecuária leiteira.
De acordo com pesquisas, a batata-doce é a quarta hortaliça mais consumida no Brasil. É uma cultura tipicamente tropical e subtropical, rústica, de fácil manutenção, boa resistência contra a seca e ampla adaptação. Apresenta custo de produção relativamente baixo, com investimentos mínimos, e de retorno elevado.
Levantamento da Sagri indica que o consumo desta hortaliça em Uberaba é expressivo. Em 2009 foram comercializadas, através da Ceasa local, cerca de 250 mil quilos, o equivalente a 12 mil caixas, dos quais apenas 10% produzidos no município. O preço médio praticado durante o período foi de R$ 1,23 o kg, ou seja, R$ 27,00 a caixa de 22 quilos. Segundo o titular da Sagri, em um hectare cultivado com batata doce é possível colher de seiscentas a oitocentas caixas do produto, o que pode proporcionar uma renda bruta entre R$ 16.200,00 a R$ 21.600,00 por ano.
“É bom lembrar que um hectare é o resultado de apenas 100 x 100 metros que formam uma área de 10.000 metros quadrados”, explica Guimarães. Ainda de acordo com ele, se comparada a outras culturas, a batata-doce, por sua rusticidade, propicia ganhos apreciáveis. Se equiparada à produção de leite convencional, onde para se obter cinquenta litros de leite (um latão) são necessárias dez vacas em lactação e que estas dez vacas ocupam em torno de cinco hectares, e que cinquenta litros de leite são comercializados por apenas R$ 25,00, aí então a batata-doce apresenta vantagens elevadas. Uma única caixa de batata tem preço superior ao de um latão cheio de leite.
“A Sagri não quer com isto que pecuaristas produtores de leite deixem a atividade. Ao contrário, os programas existentes e praticados pela Secretaria de Agricultura para os pecuaristas são os que viabilizam maior produção de leite, com menor número de vacas em menores áreas. Este processo de intensificação tem como objetivo aumentar a renda com o leite e com a sobra de áreas destiná-las para culturas como a da batata-doce”, defende o titular da pasta.
Para atender à demanda local são necessários entre 15 a 20 hectares de cultivo da batata-doce. Na atualidade o município conta apenas com pequenas lavouras artesanais que somadas não chegam a três ou quatro hectares.
Com o propósito de suprir o mercado local com batata produzida em terras uberabenses é que a Secretaria de Agricultura está incentivando esta cultura, oferecendo aos produtores que querem cultivá-la assessoria técnica, preparo de solo e construção das leiras sem custo para o empreendedor e ainda o fornecimento de ramas (mudas) para formação do viveiro inicial que permitirá a propagação das mudas de forma modulada.
Guimarães avalia que pelas condições existentes no município para a produção da batata-doce é possível expandir a cultura para produção de excedentes que possam ser remetidos para grandes centros consumidores, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
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