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Equipes do Programa Saúde da Família conseguiram aumentar o acompanhamento pré-natal às gestantes no município. Número subiu para 2.209 no ano passado, contra 1.336 em 2009. Este ano, 572 mulheres grávidas já estão cadastradas e recebendo assistência pré-natal na rede pública.
Segundo a referência técnica do Sistema de Acompanhamento do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (Sisprenatal), Luciana Sueli Cristino, houve um processo de melhoria na atenção básica para a assistência ao pré-natal. Com isso, foi possível ultrapassar a meta do número de gestantes acompanhadas com sete ou mais consultas. “Tivemos dois casos de óbitos maternos registrados em 2010. Conforme a investigação, ambos estavam relacionados a patologias adquiridas antes da gestação, pois doenças como hipertensão, diabetes, anemia falciforme podem causar óbito materno e fetal”, salienta.
De acordo com Luciana, no início da gravidez, as mulheres já devem procurar a unidade básica de saúde mais próxima da residência para realizar o pré-natal de forma correta. A referência técnica lembra que as equipes do PSF estão capacitadas para informar sobre os cuidados necessários durante a gestação e preparar a futura mãe para o aleitamento materno, o parto e cuidados com o bebê.
“Queremos cadastrar as gestantes bem cedo para reduzir ainda mais o índice de mortalidade materna e infantil. As visitas domiciliares do PSF têm o objetivo de monitorar a paciente, orientar e identificar possíveis fatores de risco e realizar os encaminhamentos necessários”, reforça.
A diretora do departamento de Atenção Básica, Elaine Teles Vilela, salienta que o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento determina a realização de, no mínimo, seis consultas durante a gestação, aplicação de vacinas, uma consulta até 42 dias após o parto e exames laboratoriais para tipagem sanguínea, diagnóstico de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), análises de rotina de urina e glicemia, entre outros. Além disso, a equipe médica realiza a classificação de risco gestacional, encaminhando os casos de alto risco para acompanhamento pré-natal no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
Para marcação de consultas, exames, vacinação e acesso a outros serviços na rede pública, é necessário apresentar o cartão de gestante com o número do cadastro no Sisprenatal. O cartão é confeccionado na primeira visita à unidade de saúde. A diretora explica que a medida facilita o acompanhamento da paciente, principalmente no dia do parto. “Muitas gestantes chegam às unidades hospitalares sem o cartão ou o apresentam sem as informações básicas, pois optam por realizar o pré-natal na rede particular e o parto pelo SUS. Isso dificulta muito o atendimento nos hospitais. Então, pedimos para as futuras mamães permanecerem com o cartão completo para identificação”, finaliza.
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