25/10/2012 - Vasos de plantas e bebedouros de animais mantém Uberaba em alerta para a dengue

Realizado de 15 a 18 de outubro, o 3º Levantamento do Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) deste ano aponta que Uberaba permanece em médio risco para a dengue. O índice de infestação predial atual é de 1,4%, ou seja, uma queda progressiva desde janeiro, quando o percentual era de 3,4%. Os vasos de plantas e bebedouros de animais persistem como recipientes predominantes das larvas do mosquito. Por isso, Secretaria Municipal de Saúde reforça o apelo para a participação da comunidade no combate à dengue.

O prefeito Anderson Adauto comemora a redução do índice este ano, mas também analisa que os resultados poderiam ser melhores se houvesse o engajamento geral da sociedade na prevenção. “Todos sabem, só que nem todos cuidam. Falta cidadania. O problema está na região central, onde tivemos o índice de infestação mais impactante. E não é a primeira vez que isso acontece”, destaca ao enfatizar os bairros Jardim Alexandre Campos, Morada das Fontes, Maria Helena, Centro e Abadia, que tiveram o maior percentual de infestação no levantamento.

Além disso, AA observa que os números provaram a eficiência da política adotada quanto à fiscalização da limpeza dos terrenos baldios, embora a medida tenha sido bastante criticada durante o governo. Dos 5.839 imóveis inspecionados no LIRAa, foi detectada a presença do Aedes aegypti em apenas um terreno. Já nos imóveis com edificação foram 81 ocorrências.

Apesar de confortável, o resultado ainda é de alerta para o secretário municipal de Saúde, Valdemar Hial. Desta forma, ele convoca cada morador a cuidar atentamente do quintal todos os dias para eliminar os possíveis focos do mosquito. “Queremos manter a tendência de queda no índice de infestação nos próximos meses, apesar do início do período das chuvas. Só que para isso precisamos de todos firmes. Nem mesmo quem está nos bairros de baixo risco deve se acomodar. A luta é de todos!”, declara.

Conforme o LIRAa, os vasos de plantas e bebedouros de animais representam 36,7% dos recipientes predominantes do Aedes. Em seguida, aparecem calhas, lages, ralos, sanitários em desuso e outros depósitos fixos, correspondendo a 35,7% dos criadouros.

O diretor do Departamento de Controle de Zoonoses, André Ribeiro, informa que as principais ações de combate estarão voltadas para a conscientização da comunidade, pois o problema está dentro das casas. Entre as estratégias previstas, estão a intensificação das visitas domiciliares de rotina na região central, panfletagens educativas nas áreas onde foi verificado maior infestação, bem como pit stops e palestras. “O Poder Público está fazendo sua parte.

Os agentes continuam o trabalho de visitação, recolhimento de pneus, monitoramento de pontos estratégicos, entre outros. Mas precisamos da população junto com a gente. A guerra não é de uma soldado só”, finaliza.

3º LIRAa 2012