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Saúde

07/12/2012 - Município aplica R$ 21 milhões em Saúde no segundo quadrimestre

Realizada nesta sexta-feira (7), a apresentação do relatório circunstanciado da Secretaria Municipal de Saúde apontou aplicação de 20,76% das receitas do município no setor ao longo do segundo quadrimestre de 2012. O valor supera o percentual de 15% previsto na Constituição Federal e representa um montante de R$ 21,4 milhões para manutenção dos serviços.

Conforme os dados financeiros mostrados, de maio a agosto, a aplicação em Saúde totalizou R$ 48,8 milhões, sendo: R$ 23,3 milhões (47,73%) da União, R$ 4 milhões do Estado (8,36%) e R$ 21,4 milhões (43,91%). Desse total, os gastos com pessoal levaram a maior fatia do bolo: R$ 20,9 milhões, ou seja, percentual 42,29%.

Na reunião, a equipe técnica da Secretaria também mostrou o balanço parcial do agendamento eletrônico. De maio a agosto, 27.076 pacientes foram agendados e 39.439 consultas foram marcadas. A diretora de Atenção Especializada, Maria Cristina Strama, aproveitou para salientar que os dados já incluem o ambulatório Maria da Glória, que desde julho faz parte do sistema.

Conforme a diretora, a entrada do ambulatório possibilitou a oferta de 34 novas especialidades médicas. Entretanto, ela avaliou que ainda existem questões a serem reestudadas para o melhor funcionamento do sistema. “Antes nós tínhamos apenas duas especialidades com tempo de espera maior que 60 dias. Com a inclusão do ambulatório Maria da Glória, o número pulou para 16. Isso acontece porque o número de vagas ofertadas é bem menor do que a demanda que o ambulatório nos encaminha”, destacou.

Strama também ponderou que a Secretaria não tem autonomia para interferir dentro do ambulatório, que se trata de uma instituição federal. Desta forma, medidas como ampliação de carga horária para reduzir o tempo de espera não são viáveis no âmbito do estabelecimento parceiro. “As informações estão nos servindo como instrumento de gestão. Agora temos como mensurar a real demanda e será preciso rever alguns aspectos”, completou.

Em relação aos exames, 108.081 foram agendados no período. Dos 13 tipos oferecidos, seis estão com espera superior a 60 dias. O vereador Cleber Humberto Souza Ramos salientou a necessidade de cobrar dos prestadores de serviço para que o atendimento à demanda da Secretaria seja prioridade. Segundo ele, os laboratórios firmam contratos com a Prefeitura, mas acabam colocando na frente as solicitações da rede particular. Com isso, o atendimento público fica prejudicado e os pacientes da rede municipal ficam muito tempo aguardando para a realização de exames.

Também presente à apresentação, o vereador Samuel Pereira aproveitou o encontro para levantar a discussão sobre o déficit de leitos no município. Ele cobrou da direção do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro agilidade para a ampliação da estrutura de forma a atender adequadamente a necessidade local.

A assessora de Tecnologia da Informação e atual presidente do Conselho Municipal de Saúde, Rita de Cássia Rodrigues, apoiou a manifestação do parlamentar e chamou a Câmara para iniciar agora um debate público com toda a comunidade sobre os critérios técnicos para a negociação de leitos com os estabelecimentos hospitalares, visto que a Uniube se prepara para inaugurar em breve o novo prédio do Hospital Universitário.  “Precisamos rever a política de leitos”, concluiu.

 
 
 

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