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Educação e Cultura

24/04/2013 - SEDUC prepara plano B para evitar que alunos e pais sejam prejudicados com a greve

Secretária Silvana Elias também faz uma avaliação sobre a paralisação dos educadores, mediante as negociações que estão em andamento com o SINDEMU

Antecipando eventuais problemas devido à falta de professores, que pode ocorrer devido à paralisação anunciada pelo SINDEMU para hoje (22), a Secretaria Municipal de Educação e Cultura está se preparando para um plano B. De acordo com a secretária Silvana Elias, as diretoras foram acionadas, visando preparar material pedagógico e acompanhamento para os alunos que forem para a escola. Ela lembra que principalmente nos centro de Educação Infantil, para crianças de 0 a 5 anos, cujos pais em sua maioria precisam trabalhar, a secretaria dará uma atenção especial. “Os pais precisam trabalhar e as crianças não podem ficar em suas casas sozinhas, por isso, solicitamos a todas unidades escolares, por comunicado formal, que adote um planejamento, visando organizar a escola durante este período”, disse Elias.

Greve – Ao avaliar a postura adota pelo sindicato, a secretária afirmou que o movimento é justo, mas equivocado. “Greve é uma medida radical, usada quando não há negociação, quando as portas estão fechadas ao diálogo. É uma medida utilizada em casos extremos nas relações trabalhistas. O prefeito Paulo Piau abriu as portas da prefeitura para os sindicatos. Com o Sindemu estamos em pleno processo de negociação. Tivemos cinco reuniões internas e mais duas com o prefeito. Da pauta de reivindicações entregue em janeiro, sendo que até março vários itens foram atendidos. Estamos em negociação sobre o piso salarial, plano de carreira e 1/3 extra classe e com participação ativa da direção sindical. Na minha avaliação está havendo um equívoco”, disse.

Um dos pontos citados pelo sindicato e que motivam a greve é a questão o piso salarial. A secretária lembra que foi solicitado um prazo até o final de abril para que as secretarias de Educação, Administração e Fazenda, façam um levantamento no tocante a pessoal e impacto financeiro. Ela lembra que ao abrir as negociações e manter o diálogo, solicitando inclusive, o prazo para dar um posicionamento, demonstra que o governo realmente quer implantar uma política de remuneração e valorização junto aos servidores da Educação.

Outro ponto contestado por Elias, diz respeito à comparação salarial entre professores da rede pública com a particular. Para ela, infelizmente essa diferença existe, mas o que o correto seria comparar salários dos professores da rede pública de Uberaba, com os de outras cidades, também pertencentes à rede municipal. Sobre o 14º salário, que também está em análise na pasta, Elias destaca a necessidade de se discutir sua permanência ou não, e também caso seja decidido por existir o benefício, como serão os critérios, visto que, em seu entendimento, eles são punitivos. “Somente o ano passado os professores tiveram 16,22% de perda, sem contar a falta de diálogo e não houve greve. Agora estamos em negociação, já atendemos várias reivindicações, o sindicato está participando de todas as questões que envolvem piso salarial, 1/3 extra classe, 14º e plano de carreira. Negociar o que está no passado é difícil. Temos que ter cautela, pois dizer que não estamos atendendo é grave. Dá a impressão de que o que estamos fazendo não está sendo levado em consideração”, disse.

Reivindicações – Silvana Elias destacou alguns pontos solicitados pelo sindicato e que já foram atendidos:

·        Concurso – prefeitura já estabeleceu contato com o Tribunal de Contas, para dar andamento ao certame, visando dar estabilidade a Educação no município.

·        Segurança na Escola – em parceira com a Settrans o trabalho tem ocorrido garantindo a segurança dos alunos, pais e professores na instituição escolar;

·        Plano de carreira – formada comissão com a participação ativa do sindicato para sanar problemas e melhorar a legislação pertinente.

·        Férias prêmio – Com raríssimas exceções é negado, sendo que a maioria dos Educadores que tem o direito já recebeu;

·        Tec. Informática nas escolas – Chamando aprovados no concurso e dobrando turno de trabalho. Executando amplo diagnóstico das necessidades e encaminhando para licitação, visando comprar o que está faltando, bem como está sendo feito um trabalho junto a Codiub para atualização de software e dados.

·        Convocação – Chamados 24 professores e auxiliares de secretaria para atuar junto às unidades escolares; e convocados coordenadores de área;

·        Qualificação – Estão sendo realizados curso de formação continuada, evitando os finais de semana. Professores da rede pública são estimulados a fazer mestrado e doutorado com o apoio de instituições parceiras da secretaria;

·        Noturno – implantação da coordenação do noturno;

·        Recursos – Contribuição sindical seguindo o fluxo normal de repasse;

·        Desburocratização – comissão formada para discutir formulários para professores terem registro do desenvolvimento pedagógico de maneira clara e objetiva.

“Estamos trabalhando e queremos atender o que pudermos. Este é um governo que reconhece e valoriza o trabalho dos professores. Mas afirmo que não deixa de ser estranho que em um processo de discussão, uma categoria vai parar com risco de fechar o diálogo. Como disse antes, o movimento é justo, mas está equivocado”, finalizou a secretária.

 
 
 

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