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A secretaria de Saúde de Uberaba, através do Departamento de Zoonoses, divulgou o novo LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para Aedes Aegypt) do mês de Janeiro de 2014. O resultado de 2,3 não surpreende o secretário de Saúde Fahim Sawan já que o monitoramento em tempo real já previa um resultado nesse nível. “Nós fazemos um LIRAa semanal com nosso monitoramento. Ele só veio confirmar que essa nova tecnologia está dando certo. Já esperávamos um resultado parecido, pelo acompanhamento que já está sendo feito desde o ano passado” disse.
A estatística foi feita entre o dia 6 e 10 de janeiro deste ano e inspecionou 5.741 imóveis. Deste total, 131 imóveis foram confirmados com a presença do mosquito da dengue. O levantamento ainda mostrou que 100% dos criadouros foram encontrados dentro de casa e não em terrenos baldios. Fahim confirmou o médio risco e mostrou que a cidade está em estado de alerta. “Precisamos que a população nos ajude. Não podemos ter outra epidemia. Os criadouros predominantes foram vasos de plantas, bebedouros de animais e lixo doméstico, o que mostra que o mosquito está sendo criado dentro da nossa casa” falou.
O extrato 9, que contém os bairros Orlando Costa Teles, Costa Teles I, Silvério Cartafina e Nossa Senhora Aparecida, foi a região que se mostrou em estado mais crítico atingindo 4,6%. No ano passado, esse mesmo extrato estava com um índice de 11,1% no mesmo período. Outra região que se mostrou muito frágil foi o extrato 8 com um índice de 3,8%. Fazem parte deste extrato os bairros Residencial Dama, Recreio dos Bandeirantes, Terra Nova, Jardim Maracanã, Parque das Gameleiras, Valim de Melo I e II, Chica Ferreira, Jardim Alvorada, Jardim Itália e Jardim Santa Clara.
As ações de combate a dengue estão sendo intensificadas em toda a cidade. Estão sendo realizados mutirões de limpeza, recolhimento de pneus, visitas domiciliares, distribuição de materiais educativos, bem como de inseticidas e repelentes, centros de hidratação nas UPAs e nas UMSs, combate focal com bombas costais usando o monitoramento em tempo real da infestação da fêmea do mosquito através das armadilhas. Na última semana o secretário Fahim pediu ajuda do Governo do Estado e do Governo Federal para o combate. “Precisamos de recursos para pagar horas extras aos nossos agentes e para intensificar nosso combate focal. Estou pedindo há mais de 30 dias o UBV Pesado, que é o Fumacê, para a GRS e até hoje não tive resposta. Não podemos ficar sem fazer esse trabalho” completou.
Jorn. Paulo Ricardo Bomfim
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