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Apostilas do Governo anterior representaram gasto de R$ 20 milhões à população, dívidas e não apresentou melhoria na aprendizagem
Números e informações importantes e impactantes da educação municipal em Uberaba foram apresentados pela secretária municipal de Educação e Cultura, Silvana Elias, durante estada na Câmara Municipal na tarde desta segunda-feira, dia 9. A professora esteve no Legislativo a fim de esclarecer aos vereadores e à população porque o atual Governo optou pela adoção do livro didático em detrimento de sistema estruturado comprados anualmente pela gestão anterior de escola particular da cidade.
Um dos números interessantes diz respeito ao custo do modelo antigo à sociedade: R$ 19 milhões 776 mil 011 em três anos. O montante equivale à construção de 15 unidades de educação infantil ou a seis escolas de ensino fundamental ou ainda à reforma de 100% das escolas que necessitam de melhorias. Tudo isto – lembra Silvana – num período em que a população clama por vagas.
Outro dado que chamou a atenção é que dos 22 livros hoje adotados pela Prefeitura, 19 são adotados pelo Colégio Marista Diocesano (particular) e boa parte pela Escola Jean Cristophe (também privada). São livros selecionados por centenas de doutores de 30 universidades federais do País.
Durante o tempo em que Uberaba trabalhou com o sistema apostilado, o Ideb (Índice da Educação Básica) que demonstra a aprendizagem efetiva, o conhecimento de fato construído, foi baixo. Além disto, altíssimos os índices “dolorosos” de reprovação (9,8%), “desumanos” de abandono (mais de 9%) e 10% de evasão.
Durante a vigência das apostilas, a Educação tinha duas nutricionistas para 24 mil alunos. Hoje são 12 profissionais garantindo a alimentação balanceada aos estudantes da Rede. Do ano passado para cá, a Prefeitura também investiu R$ 800 mil em programas de computador, haja vista que os equipamentos adquiridos antes eram praticamente “caixas vazias”, segundo a secretária.
Para completar, somente de apostilas, o governo anterior deixou para o Governo atual uma dívida da ordem de R$ 2 milhões 600 mil que a atual Administração vem pagando e espera quitar até 2015.
Para finalizar, Silvana ressaltou que a decisão foi técnica e não econômica “porque gastar em educação não é custo, é investimento”, aliada a um plano de educação estruturante, democrático, construído com as bases (pais, professores e sindicato da categoria). E ainda que vem se investido na qualificação e formação permanente dos professores e em melhorias às carreiras, inclusive em termos salariais.
“O que se fez foi vender ao povo imagem de que se faz ensino de qualidade apenas com material didático e computadores. Mas a verdade é que educação de qualidade se faz de pessoas para pessoas. Não somos irresponsáveis. Decidimos a política educacional de material didático com pesquisa, clareza, ética e não com vontades particulares”, encerrou.
Jorn. Gê Alves
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