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O professor e pesquisador da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Rogério Valentim Gelamo, está desenvolvendo no Parque Tecnológico de Uberaba um projeto de nanotecnologia que poderá ser usado no desenvolvimento de materiais biocompatíveis, bactericidas e biosensores. A nanotecnologia está presente em muitos componentes eletrônicos, desde computadores até aparelhos da medicina e outros tantos itens que possuem alta tecnologia.
A pesquisa está sendo realizada no Laboratório de Filmes Finos e Processos de Plasma do Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas (ICTE) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), localizada no Parque Tecnológico de Uberaba. De acordo com Rogério, a síntese e funcionalização de filmes finos sobre vários tipos de materiais e a produção de nanoestruturados, como nanotubos de carbono e grafeno, também objeto de suas pesquisas, são aplicados no desenvolvimento de materiais biocompatíveis, bactericidas, sensores para medição de metais pesados em baixas concentrações e biosensores de enzimas bem como outras aplicações envolvendo o uso de grafeno em materiais já existentes para melhoria de propriedades mecânicas, elétricas e térmicas.
Para o prefeito Paulo Piau, que foi pesquisador de carreira na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Uberaba marca importante posição na pesquisa sobre nanotecnologia e se aproxima de outros importantes centros de excelência que também estão desenvolvendo essa área. “O parque tecnológico é o lugar ideal e tem esse foco, ou seja, de reunir ali as nossas instituições para que avancem no desenvolvimento da ciência, da inovação e do empreendedorismo com todo o nosso apoio”, ressaltou.
Rogério espera aprimorar a tecnologia de incorporação de grafeno em materiais de engenharia, como por exemplo, sua aplicação em polímeros para melhoria das propriedades mecânicas deste material. Outro objetivo é desenvolver e obter materiais biocompatíveis para uso em tecidos vivos e filmes de alta dureza (hard coating) para aplicações em equipamentos mecânicos usando técnicas de plasma.
O pesquisador aponta que a interação entre empresas e universidade ainda é um dos maiores desafios que são enfrentados e que as empresas devem conhecer mais o que as universidades estão fazendo para utilizar sua infraestrutura e recursos humanos. Na visão do pesquisador, a universidade também precisa estar mais aberta a esse tipo de parceria, pois é preciso entender o que a indústria necessita para que sejam desenvolvidos produtos e processos que façam diferença para a população.
O projeto conta com parcerias de diversos centros de pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Materiais. E tem ainda internacional apoio internacional, por meio da Cooperação MCTI/CNPq/DST (Índia) e interação com empresas como a Astroscience, beneficiada pelo programa Sebraetec para desenvolver novos materiais e equipamentos para impressão 3D.
Jorn. Natália Melo (Comunicação PMU
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