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Saúde

19/02/2015 - Banco de Leite Humano cadastra lactantes para doação de leite

O Banco de Leite Humano - BLH já está cadastrando lactantes interessadas em doar o excedente de sua produção láctea no Centro de Atenção Integrada a Saúde da Mulher – CAISM, de segunda a sexta-feira, das 7 h às 17 h. Segundo a diretora do Departamento de Atenção Especializada da Secretaria de Saúde, Sheron Hellen da Silva, a arrecadação de leite está definida para começar em março, quando chegam os insumos restantes para processamento do produto, encomendados de Belo Horizonte.


Para se cadastrar, a mulher passa por avaliação médica e física. É preciso ter secreção láctea superior às exigências de seus bebês, além de não possuir doenças infectocontagiosas, fazer uso de drogas ou medicamentos excretáveis através do leite, estar em risco nutricional ou sob tratamento quimioterápico ou radiológico. Fumantes também não podem doar.


O leite arrecadado pelo Banco atende a recém-nascidos internados na UTI Neonatal do Hospital de Clínicas e dos hospitais particulares da cidade. Atualmente, a demanda era suprida com leite artificial, mas o ideal é o leite materno. “O leite natural tem todos os nutrientes que o recém-nascido precisa e a vantagem maior é que os bebês não terão intolerância, já que alguns rejeitam o leite artificial”, explica Sheron.


A doação do leite é benéfica tanto para quem doa, quanto para quem recebe. O acúmulo de leite não utilizado na mama pode levar à inflamação da glândula mamária, a chamada mastite. Sheron também relembra que quanto mais a mulher ordenha, mais o organismo produz leite. Portanto, não existe o risco de a mulher ficar sem leite pelo fato de doar o excedente da produção.


Após o cadastro das possíveis doadoras, elas fazem um exame de sangue para testes sorológicos, caso não disponha de nenhum resultado dos últimos seis meses em casa. A mãe é instruída sobre como realizar a ordenha domiciliar e dos procedimentos para armazenamento do Leite Humano Ordenhado (LHO). Ela também recebe o kit de doadora e vidros esterilizados enviados pela Unidade.


Com os resultados negativos dos exames de sangue, a mulher se torna uma doadora efetiva do BLH pelo tempo que desejar e com o volume que puder. A equipe do banco faz a coleta, semanalmente, do leite ordenhado na casa da doadora, que deve congelar a produção até a data marcada. Este leite passará por um processo de pasteurização, análises químicas e biológicas para ser encaminhado aos receptores mediante prescrição médica ou de nutricionista.


O BLH estava fechado desde o final do ano passado, quando a Vigilância Sanitária de Minas Gerais solicitou adequações no espaço e nos equipamentos utilizados. Em dezembro, a licença foi emitida e, com a chegada dos insumos necessários, a coleta recomeça. Antes de passar pelas adequações, o banco fornecia 20 litros de leite todos os meses, atendendo a uma média de 40 a 50 recém- nascidos.


Serviço
O Caism é o local onde funciona o Banco de Leite Humano, na Avenida Leopoldino de Oliveira, nº 1.160. O Centro não funciona durante o Carnaval, reabrindo na quarta-feira (18), após o meio-dia.


Mariana Bananal (Estagiária de Jornalismo) 

 
 
 

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