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Realizada na noite de quinta-feira (12/11), por meio da Secretaria Municipal de Saúde, a Conferência para implantação do Programa Contra Asma, no anfiteatro do Hospital Dr. Hélio Angotti, que contou com a participação de médicos, enfermeiros, farmacêuticos da rede pública de saúde e estudantes dos cursos de graduação e técnicos, da área de saúde. Durante o evento foi realizada uma palestra com o Professor Dr. Paulo Camargos, Mestre em Medicina e professor da disciplina de Pneumologia Pediátrica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, que apresentou os parâmetros da asma no Brasil e no mundo, e a experiência de Belo Horizonte em relação à implantação e a execução do Programa.
Em sua apresentação, ele retratou que a asma é um problema mundial, onde a doença está mais presente em países ocidentais do que nos orientais. “Acreditamos que o hábito de vida ocidental contribua para a propagação da asma”, destaca. Ele acrescentou que no Brasil, entre os anos de 1998 a 2007, as hospitalizações, por causa das crises respiratórias, no Sistema Único de Saúde, corresponderam a 60% em crianças (cerca de 100 mil, quase a metade da população de Uberaba) entre a faixa etária de 5 a 14 anos e 40% entre os adultos. Já os gastos com a crise asmática ficam em torno de R$ 500 (ou acima, dependendo da região), e por ano, quase 1000 pessoas morrem em casa ou em vias públicas por falta de medicamento.
“Ninguém quer a morte de um familiar em casa ou em vias públicas. Esta é uma questão de saúde pública e podemos proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes, por meio do programa”, ressalta Dr. Paulo Camargos. Em Belo Horizonte, o Programa de Controle da Asma implantado em 1995, apresentou ótimos resultados logo no primeiro ano, onde foram registradas quedas nas internações, por crises asmáticas nas crianças que aderiram ao programa. Assim como a capital mineira, Curitiba e Brasília, que já desenvolvem esta ação, apresentam as mesmas quedas nos índices.
“É importante destacar que, de um modo geral, no Brasil, aonde o programa está presente, as taxas de internações por crises asmáticas caem ainda mais, e isso reflete nos gastos com as internações no SUS”, salienta. A asma, por ser uma doença que provoca a inflamação das vias aéreas, deve ser controlada com um tratamento a base de antiinflamatório, como os corticóides inalatórios, que reduz a crise respiratória e a busca de auxílio nas unidades de saúde e nos hospitais. “Para um bom resultado do programa é necessário a capacitação dos profissionais, pois eles serão os responsáveis por orientar os pacientes e as famílias”, fala Dr. Paulo Camargos.
Este ponto também foi reforçado pela responsável da Assistência Farmacêutica Municipal, Gabriela Vizzoto Gomes. Ela destacou que o evento marcou a fase inicial da implantação do programa em Uberaba e que as ações não se destinam na distribuição dos medicamentos para estabilizar as crises respiratórias dos pacientes. Mas que ele, é voltado para um tratamento completo, buscando as capacitações dos profissionais e de orientações junto aos pacientes e às famílias, já que existe todo um contexto que abrange as doenças respiratórias, como os cuidados com os ambientes das residências.
“Os medicamentos para o tratamento serão disponibilizados nas farmácias da rede municipal de saúde. E todos receberão orientações para o uso dos medicamentos e os cuidados em casa. Caso seja necessário, eles também serão instruídos quanto ao uso dos dispositivos, para a inalação do medicamento”, explica. Na próxima segunda-feira, acontecerá no Centro de Educação em Saúde da SMS, uma reunião técnica para discutir, propor e formatar as estratégias para a implantação do programa em Uberaba. O encontro será aberto a todas as instituições que quiserem contribuir.
A confirmação da presença pode ser feita pelo telefone 3331-2746.
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