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Saúde

02/11/2016 - LIRAa registra infestação de 1,6% em Uberaba e aponta que maioria dos focos está nas residências

O Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) mostra que Uberaba tem uma infestação predial de 1,6%, índice considerado estável. O trabalho foi realizado na semana passada, entre os dias 24 a 27 de outubro, e contou com a participação de 200 agentes de endemias. O resultado foi divulgado durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (1º) na sede da Secretaria Municipal de Saúde. O titular da pasta, Marco Túlio Azevedo Cury, ressaltou que o trabalho de combate ao mosquito é realizado em diversas frentes, e lembrou que “sem o envolvimento da sociedade não é possível”. O levantamento identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus, e os tipos de recipientes com água parada que servem de criadouros mais comuns. Em outubro do ano passado o índice foi de 1,4%, o que mostra uma oscilação de apenas 0,2%.


“O índice ficou praticamente o mesmo do ano passado, o que mostra uma estabilidade. Mas temos que trabalhar incansavelmente. A população precisa entrar nesta luta, lembrando que o seu quintal e a sua rua também fazem parte da sua casa e precisam ser cuidados”, afirmou. Prova da importância da participação da sociedade nas ações de combate é que o resultado do LIRAa apontou que a maioria dos focos foi encontrada em recipientes que estão dentro das residências. 38,5% dos focos estão em depósitos móveis, como vasos e frascos com plantas e bebedouros de animais. Os depósitos fixos, como calhas, lajes, ralos e sanitários em desuso, somaram 21,5% de infestação. Segundo Túlio Cury, a Secretaria vai retomar as reuniões do comitê e promover novas ações que envolvam os diversos segmentos de Uberaba.


Para a realização do levantamento, as equipes do Departamento de Controle de Endemias e Zoonoses visitaram 6.038 imóveis, em 14 estratos diferentes – cada um é formado por grupos de 9 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes, sendo que em cada estrato são pesquisados 450 imóveis.


Dos 14 estratos, cinco apresentaram índice inferior a 1% e nove tiveram resultado entre 1% e 3,6%. Nenhum estrato teve índice superior a 4%. O Programa Nacional de Controle da Dengue define que os bairros que apresentam índices de infestação predial inferiores a 1% estão em condições satisfatórias; de 1% a 3,9% estão em situação de alerta; e superiores a 4% estão com risco de surto de dengue.


Bairros – O resultado apontou que os bairros que tem menor índice de infestação são Mercês, Vila Celeste, Tutunas, Jardim Uberaba, Novo Horizonte, Recanto das Torres, Villagio Del Fiori, Residencial Dom Eduardo, Olinda, Pontal, Umuarama e Alfredo Freire IV e V, com 0,6%. Já a região mais preocupante da cidade engloba o Centro, Morada das Fontes, Vila Maria Helena, Jardim Alexandre Campos e Abadia, com 3,6%, e ainda os bairros Nossa Senhora Aparecida, Costa Teles I, Silvério Cartafina e Orlando Costa Teles, com 3,4%.


O resultado do LIRAa vai nortear as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, como o fumacê, os bloqueios de transmissão, mutirões de limpeza, entre outras. O levantamento foi implantado no Brasil pelo Ministério da Saúde em 2006, como uma das ações do Plano Nacional de Controle da Dengue.


Juliana Fidelis
Comunicação SMS

 
 
 

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