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Saúde

14/01/2017 - PMU vai acabar com distorções e reformular Setor de Ambulâncias

Levantamento aponta que serviço de transporte médico estava sendo utilizado até como transporte social, prejudicando quem realmente necessita.
 
Levantamento em andamento no setor de ambulâncias da Prefeitura de Uberaba realizado pela Secretaria Municipal de Saúde aponta para a necessidade de reformulação. Já foi identificado através de cruzamento de dados que várias solicitações não são passíveis de atendimento, fazendo que com o serviço de transporte para acamados e pacientes com deficiência, seja também utilizado por pessoas com condições de transporte público ou particular.
 
O levantamento determinado pelo secretário de saúde visava a princípio obter um diagnóstico do serviço para melhorar o atendimento à comunidade e otimização das rotas para reduzir custos. No entanto, já nas primeiras análises verificou-se que vários atendimentos e pedidos não são compatíveis com as funções de ambulância e que muitas vezes esses veículos eram utilizados para fins sociais.
 
“Temos diversas situações que serão revistas. Cito como exemplo, o caso de um cidadão que faz atividade de hidroginástica no UAI, utiliza o serviço do setor de ambulância para isso, mas vai para a UAI participar dos bailes em veículo próprio, ou particular. Se não tem problema para se deslocar para uma atividade no UAI, porque tem para outra? Estamos recebendo relatos até mesmo de pacientes que têm nos auxiliado na identificação dessas distorções que atingem quem de fato necessita da ambulância”, revelou o secretário.
 
Segundo relatos da equipe, há casos de pacientes de doenças crônicas que são transportados por veículos da PMU para o tratamento regular que não aceitam o transporte com outros pacientes, mesmo que seja para a mesma unidade. O correto seria o veículo traçar uma rota na localidade e fazer o transporte de todos os que necessitam do mesmo tratamento, mas encontra dificuldades diante da recusa. Lembrando que nesse caso não se trata de casos de urgência ou emergência e sim de tratamento contínuo, portanto, não haveria nenhum problema ou risco o transporte dentro dos limites do veículo.
 
Segundo relato de motoristas e técnicos de enfermagem há pessoas que, agridem verbalmente os profissionais, ameaçam chamar a polícia e a imprensa para dizer que não teriam sido atendidos caso não tenham o “atendimento privativo”.   
 
Alem dos exemplos citados, várias situações foram observadas e serão revistas para melhorar todo o sistema com foco em quem realmente precisa. “O que estamos percebendo é que algumas pessoas estão desvirtuando as obrigações do serviço. Vamos rever tudo isso, averiguar a real necessidade e dar o atendimento a quem realmente precisa que são os acamados e portadores de deficiências. É preciso que a comunidade entenda a importância deste atendimento e que não o requisite se não for realmente necessário. Não vamos ceder nem abrir exceções. Ambulância é para transporte médico”, finalizou Neto. Até a convocação dos aprovados no concurso, motoristas do quadro efetivo da PMU estão compondo o setor de ambulâncias. Mesmo com as reformulações não há até o momento ninguém que realmente tenha necessitado do serviço dentro das atribuições legais do mesmo que tenha ficado sem atendimento.


Secom 

 
 
 

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