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Educação e Cultura

20/04/2017 - Autismo foi o tema de palestra que atraiu cerca de 400 pessoas ao auditório da PMU

Cerca de 400 pessoas participaram ontem (18) do encontro organizado pelo Departamento de Educação Inclusiva da Secretaria Municipal de Educação (Semed), com abertura da secretária Silvana Elias, seguida da palestra “Na minha sala tem uma criança com autismo. O que fazer agora?", com a professora Aida Teresa dos Santos Brito e mesa-redonda com a pauta “Discussões sobre o autismo: do diagnóstico às intervenções", em que participaram o professor Mestre do curso de medicina da UFTM, Renato Oliveira e Silva; a doutoranda em Ciências da Saúde (UFTM), Kátia Ariana Borges; o neurologista Dr. Marlos Aureliano Dias de Sousa; a pós-graduanda em Análise do Comportamento aplicada ao autismo e formação em Reabilitação Cognitiva, Ana Carolina Quirino de Souza e Bethânia Rufato Ferreira, pós-graduada em psicopedagogia - intervenção familiar no atendimento de crianças e adolescentes.
 
Para a secretária Silvana Elias, é preciso rasgar o véu do preconceito e encarar a educação inclusiva, que tem conquistado tanto desenvolvimento graças à aposta do prefeito Paulo Piau. “Como podemos fazer a diferença na vida das pessoas quando nos unimos e colocamos o conhecimento de cada um a serviço de todos!”, diz.
 
A professora Aida falou sobre o atendimento ao aluno com autismo, tema da palestra e a questão do apoio e do planejamento como parte da atenção a este aluno. Para ela, é preciso flexibilizar o currículo escolar para esse público, com materiais adaptados, recursos e até adequação do tempo do estudante na escola.
A mesa-redonda foi um momento de muito conhecimento para o público presente, formado por professores, pais, profissionais de educação inclusiva e demais interessados. Ao final do evento, houve relato de uma mãe e um pai que recebem atendimento por meio de escolas municipais para os filhos com autismo.
 
“O momento de ontem foi um marco para iniciarmos a efetivação da política de atendimento ao autista e fazermos a travessia tão necessária para a nossa educação”, diz Denise Scussel, chefe do Departamento de Educação Inclusiva da Semed.
 
O tema discutido na noite de terça está diretamente ligado à recente divulgação dos dados do Censo da Educação Básica de 2016, que revelou diminuir, a cada ano de estudo, o número de alunos com deficiência física e/ou intelectual. A pesquisa indica que 1º ao 5º ano, que condiz com o ensino fundamental, a participação é de 3%. Já do 6º ao 9º ano, o índice é de 2% e no ensino médio, essa taxa cai para 0,9%.
 
Em Uberaba, o investimento pedagógico em Educação Inclusiva tem sido um diferencial. A cidade além de ser polo de referência para 39 municípios da região. Atualmente, a rede conta com 203 profissionais de apoio e 64 professores de Atendimento Educacional Especializado (AEE), abrangendo quase a totalidade de escolas municipais. Já o Centro de Referência em Educação Inclusiva “Paulo Antônio Pável” (Crei) atende aproximadamente 800 pessoas por mês, com uma equipe multiprofissional, com psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, pedagogos. De acordo com Denise, comenta que o número de alunos com deficiência tem aumentado na rede. Até agora em 2017, já são 325.
 
Mesmo com a implementação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que insere alunos com deficiência em salas de ensino regular, especialistas afirmam que ainda é preciso muita informação e discussão sobre o assunto. Em 2007, só metade dos alunos com deficiência estava em escolas regulares, 12% em salas especiais. No ano passado, eram 96,3% em classes comuns.
 
Jorn. Monica Cussi
Secom PMU

 
 
 

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