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A Secretaria Municipal de Educação, por meio da Casa do Educador, iniciou nesta sexta (20), o Curso de Aperfeiçoamento em Educação para as Relações Étnico-raciais, em parceria com a Fundação Cultural de Uberaba, por meio da Coordenadoria de Políticas de Igualdade Racial e da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Na solenidade de abertura, presentes o prefeito Paulo Piau, a secretária de Educação Silvana Elias, o presidente da Fundação Cultural de Uberaba, Antônio Carlos Marques, os professores doutores da UFU, Luciane Ribeiro Gonçalves e Benjamin Xavier, além dos vereadores Rubério Santos, presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal e Ronaldo Amâncio.
A professora de arte educação da Escola Municipal Santa Maria, Ana Elisa Gonçalves e alunos fizeram uma apresentação sobre o livro “Karu – Cabeça Encaracolada, Ideia descolada”, de Heliana Castro Alves.
Piau relembra que muito do que temos construído hoje em nossa cidade e nosso país foi pelas mãos dos negros. Citou as suas lutas pela inserção de ações afirmativas, como por exemplo, a lei votada na Câmara Municipal de que 20% das vagas em concursos públicos de Uberaba devem ser direcionadas aos negros. “Precisamos melhorar a autoestima pela formação e por meio da escola pública, será dessa forma que poderemos mudar a nossa cidade e nosso país, o que me parece um caminho seguro”.
Silvana Elias, contou sobre a luta para implementação da cultura afrodescendente nas escolas e de fomentar a discussão na região, consolidada com o início desse curso. “Depois de 15 anos estamos dando um passo muito importante. Nossa profissão é intransferível, precisamos educar para a tolerância, para a diferença, para o acolhimento, para o respeito para a adversidade, compreendendo que o ser humano é de diversas dimensões, seja ela subjetiva ou étnica”, diz.
Para ela, o modelo de educação do século passado faliu, e os educadores precisam assumir a transformação social pela educação, “seja depois do muro da escola, ou seja, no universo”, como enfatiza.
A professora doutora Luciane Gonçalves se mostrou muito entusiasmada com a forma como Uberaba abraçou a proposta. “Não tem como pensar em um trabalho sem partir da educação, seja ele político ou de qualquer outra instância. O acolhimento dos professores à essa proposta edifica a transformação por meio de uma prática pedagógica eficiente”, completa.
O presidente da FCU, Antônio Carlos Marques ressaltou a iniciativa em trazer para Uberaba e região as discussões que vão muito além do congo e do Moçambique, mas da aplicação da Lei 10.639 nas escolas, por meio da formação de professores, onde a cultura negra poderá ser trabalhada de forma mais abrangente. “É um momento de agradecimento, por saber que esse é um momento histórico para a cidade de Uberaba”, comenta.
O curso acontece até dezembro de 2018. Profissionais da Fundação Cultural de Uberaba estarão ministrando oficinas relativas ao tema e as aulas serão ministradas por professores de renome nacional e internacional. Em um dos pontos de destaque da programação, de 15 a 22 de julho, os alunos participarão de uma vivência em comunidade quilombola, em Paracatu (MG). Haverá também Seminários Temáticos, estudos orientados e divulgação científica.
Monica Cussi
Semed PMU
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