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O levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti é base para direcionar trabalhos da Zoonoses
O secretário de Saúde Iraci Neto e técnicos da Vigilância em Saúde e Departamento de Controle de Zoonoses e Endemias, anunciaram nesta quinta-feira (9) os dados do 3º LIRAa de 2018. O índice de infestação apontado na pesquisa foi de 1,3%. Foram pesquisados 7.020 imóveis.
O LIRAa é o Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti, metodologia de trabalho que ajuda a mapear os locais com altos índices de infestação do mosquito, e consequentemente, alerta sobre os possíveis pontos de surto das arboviroses. Locais com índices de infestação predial inferior a 1% não apresentam riscos. Já aqueles com índice de infestação entre 1% e 3,9% são analisados como situação de alerta. Considera-se o risco de surto de dengue quando o índice de infestação é maior que 4%.
O secretário de Saúde, Iraci Neto, avalia que o resultado é positivo e demonstra o efeito do trabalho que vem sendo feito ao longo do ano, mas todos devem continuar em alerta. “Estes períodos avaliados passam a ser um indicador importante para o Município, e refletem resultado do planejamento de diversas ações pontuais e organizadas que fizemos neste ano. É um resultado gradativo e devemos observar que será um ponto de curva, pois teremos um novo período sazonal da dengue. Houve apoio da população e precisamos da colaboração de todos, que é essencial para continuar o combate ao mosquito”.
Dos 14 estratos - áreas em que o Município é dividido para a pesquisa - quatro apresentaram porcentagem menor que 1% de infestação. Essas áreas englobam as regiões do São Benedito, Centro, Abadia, Estados Unidos e Elza Amuí, e entorno. Já a porcentagem mais alta de infestação, que foi de 2,4%, é da região do grande Boa Vista.
Os principais criadouros continuam sendo aqueles encontrados dentro dos imóveis; 46,1% da infestação estão em depósitos móveis, que são vasos/frascos com água, pratos, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos) e objetos religiosos/rituais. Vinte e esete e meio por cento dos criadouros são em depósitos fixos, que incluem tanques em obras de construção civil, borracharias e hortas, calhas, lajes e toldos em desnível, ralos, sanitários em desuso, piscinas não tratadas, fontes ornamentais; cacos de vidro em muros, outras obras e adornos arquitetônicas (caixas de inspeção/passagens).
A chefe do Departamento de Controle de Endemias e Zoonoses, Lara Rocha Batista, esclarece que apesar de estarmos em um período mais seco e com temperaturas mais baixas, o mosquito ainda continua encontrando ambiente propício à proliferação. “É importante lembrarmos que os ovos do mosquito permanecem viáveis por muitos meses. Todos os ovos que estão sendo colocados agora no ambiente estarão viáveis no período quente e úmido”, alerta.
O Departamento de Controle de Zoonoses e Endemias continua realizando o serviço de visitas domiciliares bimestrais com os agentes de combate à endemias. Nessas visitas, são prestadas orientações aos moradores sobre como evitar a presença de possíveis focos de proliferação de mosquitos. Apesar de não haver chuva neste período, há locais nos imóveis que possibilitam a água parada, como ralos e vasos sanitários em desuso, que funcionam como importantes mantenedores da proliferação dos mosquitos. “Por isso, a população deve manter-se atenta e cuidar para que juntos consigamos garantir a saúde de toda a comunidade”, pontua Lara Rocha Batista.
Mapeamento. A partir dos dados do LIRAa é possível identificar os criadouros predominantes e verificar a situação de infestação no Município, além de permitir o direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas, como mutirões e vistorias mais detalhadas. A Secretaria Municipal de Saúde está realizando o levantamento quatro vezes este ano, em janeiro, abril, em agosto e outubro.
Outro panorama importante é a evolução da dengue em números. De acordo com o Departamento de Vigilância Epidemiológica, Uberaba teve neste ano, até o momento, 2726 notificações de dengue, sendo 229 casos positivos e um óbito. Em 2017 foram 1722 notificações e 104 casos positivos.
O chefe do Departamento de Epidemiologia da secretaria Municipal de Saúde, Robert Boaventura, destaca que o aumento no número de notificações é reflexo do monitoramento intensificado e de uma rede mais preparada e capacitada. Não há nenhum caso de óbito em investigação nenhum caso grave. “Nossa maior preocupação é que os maiores focos estão dentro das próprias residências. A Prefeitura tem feito sua parte de combate às arboviroses, e continuamos em alerta pedindo o apoio da população para que se atentem e colaborem”.
Comparativos. No LIRAa de Janeiro/2018, o índice de infestação no Município foi de 8,7%, sendo os principais depósitos encontrados no lixo (34,2%) e depósitos móveis (26,3%), o que está de acordo com os dados do Ministério da Saúde em relação à região Sudeste, onde predominaram os depósitos móveis, caracterizados por vasos/frascos com água, pratos e garrafas retornáveis. A partir deste resultado foram realizadas ações de intensificação de fevereiro a maio, com o fumacê e o mutirão de limpeza, e ainda houve parceria com o Departamento de Posturas, CRAS e CREAS para ações conjuntas de fiscalização e de educação.
Em abril, no segundo LIRAa do ano, o índice de infestação foi de 3,7% e verificada a inversão nos principais depósitos encontrados, estando mais relacionados aos móveis (36,3%) e lixo (35,5%). Os dados mostram que observada redução considerável nos índices de infestação dos bairros onde foram realizadas as ações de intensificação.
Jorn. Luiza Carvalho
Secom/PMU
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