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Serviços diferenciados para pessoas em situação de alcoolismo e dependência química fazem parte da política pública da Prefeitura de Uberaba para o atendimento à população. Por isso a PMU, por meio das Secretarias Municipais de Saúde e de Desenvolvimento Social, trazem informações sobre os tipos de serviços oferecidos nestas áreas, visando ao esclarecimento do público que busca e necessita do atendimento.
Psicossocial. Por meio da Atenção Psicossocial da Secretaria de Saúde, os serviços são oferecidos no CAPS-AD através de atendimentos abertos, com equipe multidisciplinar, contando com dois psiquiatras, cinco psicólogos, assistente social, farmacêutico, terapeuta ocupacional, enfermeiros, técnicos de enfermagem, equipe administrativa e operacional. Há ainda internações em hospital psiquiátrico de curta permanência no Serviço Integrado de Saúde Maria Modesto Cravo (antigo Sanatório Espírita), sendo que a continuidade do tratamento deve ser feita na rede de saúde após a alta.
De acordo com o psicólogo Sérgio Henrique Marçal, diretor de Atenção Psicossocial, a internação é medida extrema recomendada apenas depois de esgotados todos os recursos da rede de saúde. “Assim, segundo a Lei 10216/01, não existe na Política Nacional de Saúde Mental o atendimento de longa permanência para esse tipo de público, que deve ser um atendimento aberto e de base comunitária”, esclarece. Ainda na Atenção Psicossocial foram reestruturados os atendimentos de saúde mental no ambulatório com a contratação de quatro novos psiquiatras e lotação de 11 psicólogos no CAISM, que atendem casos de média complexidade.
Sérgio ressalta que há ainda as ações de prevenção e promoção de saúde mental e prevenção ao uso de drogas realizadas na Atenção Básica, onde há psicólogos lotados junto às equipes de Saúde da Família. “Estas equipes contam com capacitação e supervisão de psiquiatra e psicóloga para atendimento de casos de baixa complexidade dentro da Atenção Básica. Realizam prevenção e promoção de saúde mental ao uso de drogas, evitando encaminhamentos desnecessários. A ação é importante, pois começa na Atenção Básica, passa pelo ambulatório e termina no CAPS-AD. Estrutura-se assim a lógica de complexidade do cuidado em saúde mental, com vistas à atenção integral na área”.
Rede parceira. Já na Secretaria de Desenvolvimento Social, há convênio com entidades de assistência social para acolhimento institucional e apoio familiar, sendo um acolhimento provisório e voltado para pessoas em situação de rua. Hoje são conveniadas três instituições: Centroherd, Nova Jerusalém e Imad, com 65 vagas conveniadas para acolhimento. Novos convênios estão em processo para ampliação das vagas sejam. A porta de entrada de atendimento para estes serviços é o Centro Pop e o Serviço de Abordagem Social.
Entendendo as diferenças: Clínica de Atendimento x Comunidade Terapêutica/Casa De Apoio
De acordo com informações do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comad) existe uma dificuldade comum de compreensão sobre a atuação da sociedade civil nesta área, hoje mais conhecida como instituição ou OSC (Organização da Sociedade Civil), que quando legalmente constituída obedece a critérios jurídicos, éticos, morais, institucionais e, acima de tudo, legais (eis e resoluções). O Comad vem atuando diretamente com a sociedade civil e, especialmente, com as associações caracterizadas: comunidades terapêuticas, casa de apoio e associações que trabalham com prevenção. O Comad presta orientação, propõe ações de capacitação, seminários, encontros e de financiamento de ações.
Sobre as comunidades terapêuticas e casas de apoio, todas possuem um profissional de nível superior conforme exigência legal. Seu tempo para o acolhimento de pessoas dependentes é de 12 meses, num espaço protegido, de ambiente residencial, com atenção psicossocial em trabalhos, religião e grupos de autoajuda necessários para a saúde.
Comunidade. De acordo com a psicóloga Valéria Guimarães, presidente do Comad, o processo de admissão a uma comunidade terapêutica deve resguardar alguns critérios, sendo a voluntariedade e a Convivência entre os pares o seu principal pilar. “Deve-se vedar qualquer forma de contenção, seja física, de isolamento ou restrição da liberdade, e a qualquer momento o dependente pode interromper a sua permanência nessa comunidade terapêutica. O usuário e familiar são orientados sobre regras, normas, horários e possui comunicação aberta com aquele residente que irá ficar. Também é resguardado o direito de interromper o seu acolhimento a qualquer momento, sem qualquer coação ou convencimento acerca de sua permanência”, esclarece Valéria.
Clínica. Já em uma clínica de recuperação, profissionais como médicos, enfermeiros, psicólogos, psiquiatras e terapeutas auxiliam os dependentes químicos em tempo integral. “Sempre são situadas em locais de acesso bastante restrito e assim, garantem discrição e tranquilidade aos seus pacientes, com acomodação e serviços de internação pagos. Seus principais procedimentos podem ser a psicoterapia, medicamento e internação. Nem todos os pacientes precisam passar por eles. Também não existe um único tratamento para todos os casos da mesma forma. Esse planejamento para o tratamento numa clínica de desintoxicação é feito de acordo com o tempo e o grau da dependência química em que o dependente se encontra”, explica a presidente do Comad.
Diferença. A diferença, segundo Valéria, vai além da estrutura, e reside no fato do objetivo pelo qual o familiar busca a ajuda. “Muitas vezes, cansados e esgotados emocionalmente, os parentes preferem o afastamento completo em clínicas ao invés de investir em atendimento com convivência, onde certamente a frequência familiar é exigida”, comenta.
Jorn. Luiza Carvalho
Secom/PMU
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