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A Escola Restaurativa não é uma novidade no país, porém em Uberaba, tem sido um grande passo na colaboração para a Cultura de Paz e para a abordagem de problemas socioeducativos como a violência na escola, o bullying e até a indisciplina, desde março deste ano. O projeto-piloto é uma iniciativa do Ministério Público de Minas Gerais/Promotoria de Justiça da Família de Uberaba, em parceria com a Prefeitura de Uberaba/Secretaria de Educação.
Cerca de 220 professores da Rede Municipal recebem a capacitação, sendo as escolas municipais Professora Niza Marquez Guaritá, com 50 professores; Arthur de Mello Teixeira, com 60 professores; Professora Esther Limírio Brigagão, com 80 professores; Monteiro Lobato, com 30 professores. Além das quatro escolas, o projeto é aplicado nos encontros com as famílias do Projeto Escola e Família, realizado em 14 escolas da Rede.
No início deste ano, os diretores de unidades que oferecem o ensino fundamental, participaram do curso. Os gestores ficaram imersos em práticas que envolvem a Cultura de Paz, com o objetivo de se tornarem multiplicadores nas unidades e comunidades em que atuam. O curso só foi possível com a parceria público-privada da empresa Nutriplus, terceirizada responsável pela alimentação nas escolas municipais.
Por enquanto, seis profissionais da rede municipal estão aptos a aplicar a prática restaurativa. São Rosana Marçal, Maria Aparecida Gualberto, Pablo Lemes, Mariana Costa, Adriana Barros e Gleicemar Barcelos de Carvalho.
A chefe do Departamento de Projetos Especiais, Gleicemar Barcelos, explica que as unidades que recebem os círculos, tendo como base pesquisa realizada em toda a Rede de Ensino, são considerados dentro do contexto em que estão inseridos. “Foi desenvolvida uma metodologia para trabalhar conflitos de forma que os professores sejam acolhidos, ouvidos e trabalhem as relações entre eles com temas geradores”, conta.
As escolas fazem um encontro por mês e, para ela, as atividades têm sido positivas. “Nós percebemos mudanças que os professores são impactados pela temática abordada e é importante que o professor queira participar, não adianta forçar”, declara Gleice.
Marcelo Bruno Maceno, diretor da Escola Municipal Maria Lourencina Palmério, conta que até hoje consegue praticar na vida pessoal e no trabalho, as práticas restaurativas conhecidas durante o curso. “Foi muito bacana e quando soubemos do curso, não sabíamos do que se tratava e foi espantoso. A Semed acertou muito”, diz. E completa que a abordagem é humana e significativa e a partir disso, é possível entender literalmente o “conhecer a si mesmo”, para entender o outro, compreender as diferenças. “Funciona para o convívio com a família, com os colaboradores, com os alunos e com a comunidade” diz.
Estagiária Jorn. Ana Rizieri
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