17/03/2021 - Saúde ativa mais leitos para atender pacientes com Covid-19

O Comitê Técnico-Científico de Enfrentamento à Covid 19 deliberou sobre as ações que passam a ser adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde tendo em vista o acionamento da fase cinco do Plano de Contingência. Esta fase foi acionada na semana passada quando o índice de ocupação dos leitos Covid atingiu o percentual de 70%.  Nesta semana, em que a ocupação atingiu 100%, novas ações estão sendo desencadeadas, como a abertura de 22 leitos de clínica médica no Hospital Hélio Angotti (HHA) e outros 10 leitos de UTIs Covid Adulto no Hospital de Clínicas da UFTM(HC).

Os 22 leitos no HHA são para pacientes de média complexidade não Covid. Os outros 10 leitos de UTI do Hospital de Clínicas são para pacientes adultos testados positivamente para Covid. O HC já tem UTIs para neonatal, pediatria e obstetrícia Covid. Importante lembrar que o Hospital Regional está com 45 UTIs em operação (conforme informado hoje no Boletim de Monitoramento da Covid) e mais cinco devem ser ativadas nos próximos dias, conforme contratação de mão de obra. Para que os leitos dos hospitais Hélio Angotti e de Clínicas entrem em operação, o mais rápido possível, as equipes técnicas da Saúde estão trabalhando nas partes burocrática e técnica, paralelamente.

Na semana passada, foram liberados 28 leitos de enfermaria Covid no Hospital Mário Palmério, após transferência de pacientes não Covid para o Hospital de Clínicas. Conforme explicou o secretário de Saúde, Sétimo Bóscolo, o Plano de Contingência é um instrumento importantíssimo para o enfrentamento à Covid-19, pois norteia as ações da Secretaria de Saúde com níveis de respostas, sendo elas: alerta, perigo iminente e emergência em Saúde Pública. Cada nível é baseado na avaliação do risco do Sars-Cov-2 e seu impacto para a saúde pública. “ Temos nos preparado para todos os cenários, dentro do que compete ao Poder Público. Estamos unidos as unidades hospitalares para conseguirmos superar este momento. Todo este trabalho de abertura de leitos já está em andamento”, destacou o secretário.

Além dos leitos está sendo colocado em prática o programa Melhor em Casa, que visa a desospitalização de pacientes enquadrados em condições de alta hospitalar. O programa Melhor em Casa tem como foco permitir que o paciente receba o tratamento na sua própria residência, mediante critérios, com equipes formadas por médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos, técnicos de enfermagem e assistentes sociais.

Entre os procedimentos que são feitos pelas equipes estão: cuidados paliativos, aplicação de medicação, principalmente os antibióticos injetáveis, realização de curativos, acompanhamento de oxigenoterapia domiciliar e fisioterapias diversas, acompanhamento nutricional, atendimento socioassistencial e assistência farmacêutica.

O fortalecimento da rede de atenção básica, por meio das unidades de Saúde, também integra as ações. Este trabalho já está em andamento com a abertura de três unidades de Saúde aos sábados e domingos, visando atender apenas pacientes com síndrome gripal. O foco é garantir um atendimento primário aos primeiros sintomas da doença evitando seu agravamento e, por consequência, a necessidade de internação.

Regulação – A responsabilidade pela movimentação de pacientes entre os prestadores (hospitais) estará a cargo do Complexo Regulador Municipal, que deverá observar os critérios técnicos e perfil assistencial das instituições que receberão os pacientes. Segundo Cristina Strama, apoio do gabinete para relacionamentos com os hospitais, conforme for necessário, as mudanças por leitos destinados aos pacientes Covid das microrregiões de Uberaba e Frutal/Iturama e não Covid da macrorregião do Triângulo Sul serão providenciadas para novas adequações entre os prestadores.

Cabe destacar que o Hospital Beneficência Portuguesa está em alerta para ser acionado, caso sejam necessários leitos de Clínica Médica não Covid de baixa e média complexidade, que já é o perfil da unidade hospitalar.