15/01/2013 - PMU não pagou Merenda, Lixo, Cemig e CTBC

Outro fato considerado grave, diz respeito a dívidas previdenciárias já que a PMU chegou a descontar o benefício do servidor e não repassou ao IPSERV e INSS, o que na prática caracteriza apropriação indébita. Da mesma forma não houve o repasse total da parte patronal, ou seja, a dívida hoje engloba tanto a parte do servidor quanto a patronal da PMU. A dívida atual, total é da ordem de mais de R$ 7 milhões.  Para se ter uma ideia da composição da fatura, foram deixados a revelia da Lei de Responsabilidade Fiscal, débitos com Merenda Escolar ( 3.5 milhões) Lixo ( 8.3 milhões) Plano de Saúde dos Servidores (500 mil) dentre vários outros itens. Entre os serviços que possuem faturas vencidas estão o de telefonia e fornecimento de energia elétrica. As notas estão inclusas nos itens de RAP (Restos a Pagar) no documento disponibilizado na web.  Para a Cemig foram pagos hoje (14) mais de R$ 110 mil em faturas dos meses de outubro, novembro e dezembro. Para a CTBC a dívida é da ordem de R$ 600 mil, mesmo valor devido para a distribuidora de combustíveis. O aluguel de 110 veículos da frota também está em atraso. Sem repasse há meses, a Fundação Cultural está com o telefones cortados.   

De acordo com Fontes serão necessários no mínimo oito meses para colocar esse débito em dia, já que a PMU ainda possui as suas despesas correntes, pois o trabalho continua. “Não podemos parar a saúde, educação, servidores, isso é impossível”, comentou.  O secretário pediu um voto de confiança aos credores, ressaltou que é determinação do prefeito tratar a questão com total transparência e adiantou que está negociando para não parar serviços essenciais. “Estamos fazendo um esforço conjunto. É nossa obrigação gerir os gastos públicos com responsabilidade. Nossa preocupação é tanto com os pequenos credores quanto com os maiores. A Prefeitura está ciente que essa dívida é alta, irresponsável, mas vai negociar com todos. É importante nesse momento termos a confiança dos credores, recuperar a credibilidade do município”, disse.