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Desenvolvimento Social

23/09/2018 - Uberaba mantém atuante Política Municipal voltada ao alcoolismo e dependência química

A questão das drogas, especialmente as ilícitas, se transformou em uma espécie de epidemia social no Brasil com reflexos em todas as áreas como saúde, educação e segurança. Em Uberaba, a Prefeitura faz a sua parte, mantendo programas e serviços multidisplinares no sentido de orientar, prevenir encaminhar e, sobretudo em parceria com o terceiro setor, tratar os casos. Pelo menos três secretarias municipais lidam diariamente com a situação: Desenvolvimento Social, Educação e Saúde.


Social. À dependência química a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social destina variados programas e projetos. Um deles é a Proteção Social Básica nos CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), com palestras educativas e reuniões de grupo, na prevenção ao uso de drogas, convivência e fortalecimento de vínculos.


Na Proteção Social está o COMAD (Conselho Municipal Anti Drogas), que atua na política sobre drogas no Município, fazendo o controle social desta política atuando junto às 13 instituições que atendem dependentes químicos.  O COMAD é um órgão fiscalizador, consultivo e deliberativo que vem atuando diretamente com a sociedade civil e, especialmente, com as associações caracterizadas: comunidades terapêuticas, casa de apoio e associações que trabalham com prevenção. O Comad presta orientação, propõe ações de capacitação, seminários, encontros e de financiamento de ações.


Inseridas no Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), estão as instituições sociais que são inscritas na Proteção Social Especial de Alta Complexidade como Serviço de Acolhimento às pessoas em situação de vulnerabilidade social, em situação e/ou vivência de rua, que em sua grande maioria, segundo o secretário Marco Túlio Cury, são usuários de substâncias psicoativas. Essas instituições – segundo ele - trabalham no desenvolvimento de apoio sócio familiar e acolhimento provisório.


Há ainda instituições que atuam com a prevenção, recaídas ao uso de álcool e outras drogas, como o Cerea e Amor Exigente. Elas realizam reuniões diárias com grupos de redução de danos, prevenção ao uso e abuso de drogas com os usuários e famílias.


Cury salienta que a  Seds não atua nem financia tratamento da dependência química, mas sim no fortalecimento das ações junto às instituições, e no acolhimento de pessoas em situação de rua que se encontram em situação de dependência química e junto às famílias, visando ao resgate de vínculos familiares.


No campo dos serviços de média complexidade, estão o Abordagem Social e Centro Pop, com a chamada busca ativa, encaminhamentos dos usuários para a rede de atendimento e/ou para o acolhimento provisório. Hoje são conveniadas três instituições: Centroherd, Nova Jerusalém e Imad, com 65 vagas conveniadas para acolhimento. Novos convênios estão em processo para ampliação das vagas.


O serviço de Apoio às Organizações não Governamentais (Ongs) monitoram o serviço prestado e cofinanciado dessas instituições.


Educação. O Departamento de Projetos especiais da Secretaria Municipal de Educação mantém o Programa Saúde na escola (8.696 cadastrados), Grupos de Liderança (1.255 atendimentos), Projeto Escola Família (841 beneficiados) e a Seção de Assistência ao educando (286 contemplados).


Saúde. Uberaba disponibiliza serviços públicos nas áreas de alcoolismo e dependência química  também por meio da Secretaria Municipal de Saúde. 


Através da Atenção Psicossocial da Secretaria de Saúde, os serviços são oferecidos no CAPS-AD através de atendimentos abertos, com equipe multidisciplinar, contando com dois psiquiatras, cinco psicólogos, assistente social, farmacêutico, terapeuta ocupacional, enfermeiros, técnicos de enfermagem, equipe administrativa e operacional. Há ainda internações em hospital psiquiátrico de curta permanência no Serviço Integrado de Saúde Maria Modesto Cravo (antigo Sanatório Espírita), sendo que a continuidade do tratamento deve ser feita na rede de saúde após a alta.


De acordo com o psicólogo Sérgio Henrique Marçal, diretor de Atenção Psicossocial, a internação é medida extrema recomendada apenas depois de esgotados todos os recursos da rede de saúde. “Assim, segundo a Lei 10216/01, não existe na Política Nacional de Saúde Mental o atendimento de longa permanência para esse tipo de público, que deve ser um atendimento aberto e de base comunitária”, esclarece.


Ainda na Atenção Psicossocial foram reestruturados os atendimentos de saúde mental no ambulatório com a contratação de quatro novos psiquiatras e lotação de 11 psicólogos no CAISM, que atendem casos de média complexidade.


Sérgio ressalta que há ainda as ações de prevenção e promoção de saúde mental e prevenção ao uso de drogas realizadas na  Atenção Básica, onde há psicólogos lotados junto às equipes de Saúde da Família. “Estas equipes contam com capacitação e supervisão de psiquiatra e psicóloga para atendimento de casos de baixa complexidade dentro da Atenção Básica. Realizam prevenção e promoção de saúde mental ao uso de drogas, evitando encaminhamentos desnecessários. A ação é importante, pois começa na Atenção Básica, passa pelo ambulatório e termina no CAPS-AD. Estrutura-se assim a lógica de complexidade do cuidado em saúde mental, com vistas à atenção integral na área”.


Jorn. Gê Alves
Direção de Jornalismo

 
 
 

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