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Meio Ambiente

09/02/2009 - Fórum ambiental reúne autoridades e entidades para discutir legislação

Mais de 2 mil pessoas estiveram reunidas nesta segunda-feira, dia 9, no Centro de Eventos da ABCZ, para o II Fórum de Legislação Ambiental em Uberaba. Entre os presentes no evento, o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes; Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho e também Secretário de Estado de Agricutura, Gilman Viana Rodrigues; Roberto Simões, presidente da FAEMG; prefeito municipal Anderson Adauto; presidente do Sindicato Rural de Uberaba, Rivaldo Machado Borges Jr.; e deputados estaduais e federais.

O objetivo principal do evento foi discutir os pontos das leis ambientais que necessitam de mudanças. Em seu discurso, José Carlos Carvalho foi enfático ao lembrar que a legislação está ultrapassada. “Uma legislação que nasceu em 1934, não está em sintonia com a realidade. A questão central que devemos debater é essa necessidade de adequar a questão ambiental ao desenvolvimento rural”, disse o secretário de Estado. Gilman, em números, expressou a preocupação com o futuro do país. “Hoje temos 6 bilhões de habitantes que se alimentam. Em 2030, serão mais de 8 bilhões. Quem vai produzir esses alimentos? A realidade hoje é diferente. Não vamos desrespeitar a lei, mas precisamos nos organizar e rever esses princípios”, finalizou Viana. Em seu pronunciamento, Anderson Adauto explanou aos participantes a importância de se discutir a legislação não somente no meio rural, mas também dentro dos municípios. “O segredo está em conciliar os interesses da produção com os da população. E a preocupação é como preservar. Eu gostaria que a compensação da reserva legal também fosse feita dentro dos municípios. Temos verdadeiros pulmões dentro das cidades, locais aonde as especulações imobiliárias ainda não chegaram”, disse. O presidente da FAEMG afirmou ser 2009, o ano do meio ambiente. “Essa é uma reunião histórica que fica marcada como ponto de partida de transformação. É através dela que vamos conseguir um projeto nacional que leve a uma lei compatível não somente com o meio ambiente, mas também com a produção”, apontou Roberto Simões.

Fechando os pronunciamentos, Stephanes foi categórico ao dizer que o Brasil tem condições de resolver seus próprios problemas ambientais. “Precisaríamos ter um novo código, mas a questão é urgente. Me emociona ver um auditório tão lotado, de pessoas que lutam por um mesmo objetivo. E isso mostra a força que o setor rural tem. 32% das florestas do universo estão no Brasil. O agronegócio é responsável por 1/3 do PIB nacional. Temos condições de cuidar das leis ambientais do nosso país e precisamos participar desse processo. Algo que seja técnico, mas que tenha fundamento. Precisamos proteger, mas também precisamos produzir”, enfatizou.Duas palestras foram ministradas, na esfera federal e também estadual. A presença dos representantes do Legislativo se fez importante não só nas discussões, mas também como apoio para aprovar propostas ambientais em leis. Também no encontro foram expostos trabalhos que mostram a urgência da reforma legislativa ambiental.

 
 
 

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