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Quadrilhas especializadas em fraudes armaram novo golpe e usam o aplicativo whatsapp para executá-lo. A Fundação Procon Uberaba está recebendo diversas reclamações de consumidores que estão realizando empréstimos fantasmas pelo aplicativo. São empresas criadas ou que utilizam indevidamente o nome e CNPJ de instituição financeira para cometer o crime. A quadrilha seduz o consumidor oferecendo juros baixos e condições favoráveis para o empréstimo. Em troca, pedem para o cliente realizar depósitos de altas quantias, alegando que somente assim ocorreria a liberação do empréstimo.
Conforme o coordenador de Educação para o Consumo do Procon, Herval Neto, os fraudadores atuam com vários nomes para chegar até o consumidor, normalmente de empresas não muito conhecidas ou financeiras de fachada. Eles - afirma - via whatsapp orientam os consumidores a enviarem dados e documentação pessoal pelo aplicativo. “Fazem oferta de empréstimo muito convidativa e enviam o contrato para o consumidor, a fim de que ele assine o mais rápido possível e devolva ao fraudador”, destaca.
Herval alerta que esse contrato não vale nada, é fraudulento e as cobranças são indevidas, já que condicionam a liberação da quantia contratada, mediante pagamentos de taxas. Herval Neto conta que já recebeu diversas reclamações de pessoas que caíram no golpe e depositaram altas quantias para a quadrilha. “Após o consumidor fazer o depósito é aconselhado a aguardar um prazo. Dias depois entram em contato, pedindo para que pague mais taxas para ter o contrato aprovado”, observa ele.
Ainda conforme o coordenador, os fraudadores não aceitam depósitos por envelope, apenas na boca do caixa ou lotéricas. O processo – destaca - ocorre dessa maneira, para que não dê tempo ao consumidor de reconhecer o erro e requerer o estorno dos valores. “Infelizmente, o Procon não pode fazer muita coisa. Depois que o consumidor paga é muito difícil reaver esse dinheiro. É preciso ficar alerta!”, salienta. Por se tratar de fraude é feito o registro pelo Procon e o consumidor orientado a registrar a ocorrência junto à Polícia Militar.
Mais riscos. Além de o consumidor cair no golpe, ele fica vulnerável, haja vista que toda sua documentação pessoal fica exposta nas mãos de estelionatários, facilitando abertura de conta em bancos, contratos de prestação de serviço ou empréstimos. Herval indica como imprescindível evitar o envio de documento por redes sociais e diz que o consumidor que quiser contrata empréstimos pela Internet, mesmo conhecendo os riscos, pode acionar o Procon. O órgão promoverá consulta para averiguar a credibilidade da empresa e acompanha as cobranças.
Sara Santos
Estagiária de Jornalismo/Fundação Procon Uberaba
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